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Hospital de Maputo recorda Samora Machel com plantação de 92 árvores

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O pátio do Hospital Central de Maputo (HCM) começou ontem a receber 92 árvores, plantadas em homenagem ao aniversário do primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel (1933-1986), que ali trabalhou, num apelo à reflorestação do país.

“Nos desafios que o país enfrenta, com as mudanças climáticas, o plantio de árvores, simbolicamente, é um gesto muito simples, mas deve ser uma aposta, em particular, naquelas zonas que são muito secas”, afirmou, na cerimónia no HCM, Graça Machel, viúva do primeiro Presidente moçambicano.

A antiga política e ativista recordou que Samora Machel – que trabalhou no HCM, acabando por se formar na área de enfermagem -, durante o período da guerra colonial, “soube sempre, em qualquer base” da guerrilha nacionalista, transformar zonas secas e áreas verdes.

“Plantou e envolveu todos os soldados a aprenderem a plantar árvores”, disse Graça Machel, sublinhando que a ação de hoje, envolvendo ainda a Fundação Samora Machel, é também um contributo essencial no combate às mudanças climáticas.

A cerimónia incluiu o plantio simbólico de árvores no recinto hospitalar, associando o ato ao legado de Samora Machel como defensor do desenvolvimento humano e ambiental. Graça Machel aproveitou a ocasião para reconhecer o trabalho dos profissionais de saúde, sublinhando que a relação com os utentes “é profundamente humana”.

“Valorizamos, apreciamos e agradecemos que tenham por esta profissão, que sejam portanto aqueles que estão muito perto de nós, num momento de grande aflição e que nos devolvem a saúde e alegria”, disse.

O ambientalista Carlos Serra, que participou na homenagem de hoje, alertou para a crescente destruição de árvores em zonas urbanas do país, apelando a uma mudança urgente de mentalidade: “Ela hoje está em declínio, especialmente nas zonas urbanas. Eu sempre digo com alguma seriedade que nós não gostamos de árvores, porque se gostássemos não faríamos o que fazemos”.

Carlos Serra destacou ainda a importância das árvores na mitigação das alterações climáticas e na regulação do clima, sobretudo em Moçambique, um dos país mais afetados no mundo.

Samora Moisés Machel nasceu em 29 de setembro de 1933, em Chilembene, distrito de Chókwe, província de Gaza, frequentou escolas missionárias e chegou a trabalhar como enfermeiro na ilha de Inhaca e no Hospital Miguel Bombarda (atual Hospital Central de Maputo), onde iniciou a sua militância política, denunciando injustiças laborais e raciais do regime colonial português.

Já perseguido internamente, em 1963 abandonou o país e juntou-se à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), fundada no ano anterior na Tanzânia, assumindo no ano seguinte o cargo de comandante das Forças Armadas de Libertação de Moçambique.

Após o assassínio do histórico líder fundador da Frelimo, Eduardo Mondlane, em 1969, Samora Machel assumiu a liderança do movimento nacionalista, tornando-se em 1975 o primeiro Presidente da República de Moçambique, proclamando a independência do país.

Na sua governação, adotou o modelo político socialista, promoveu a nacionalização de setores estratégicos, mas também a educação e saúde pública.

Samora Machel perdeu a vida em 19 de outubro de 1986, num acidente aéreo na África do Sul.

Fonte: Lifestyle Sapo

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