
Medio Tejo reactiva polo da Brogueira e introduz teleconsultas na Barquinha
A ULS do Medio Tejo anunciou a reabertura do polo de saúde da Brogueira em Torres Novas, o arranque de teleconsultas em Praia do Ribatejo e a chegada de um novo médico a Vila Nova da Barquinha. Medidas visam reforçar a proximidade dos cuidados de saúde.
A Unidade Local de Saúde do Medio Tejo procede à reabertura do polo de saúde da Brogueira, em Torres Novas, já na próxima terça-feira, dia 30 de Setembro. A medida, que consta de um comunicado divulgado pela entidade, surge no âmbito de um esforço para consolidar a rede de proximidade dos cuidados de saúde primários na região.
Em paralelo com a reactivação do espaço na Brogueira, a ULS avança com a implementação de um modelo de teleconsulta médica no polo de Praia do Ribatejo, localizado no concelho de Vila Nova da Barquinha. É precisamente neste município que os cuidados de saúde primários recebem, igualmente, o reforço de um novo médico, contratado como prestador de serviço.
O peculiar modelo de teleconsulta, que entra em funcionamento amanhã, permite que o médico se encontre em acesso remoto, enquanto o utente é recebido na unidade de saúde, não ficando sozinho — terá sempre o acompanhamento presencial de um enfermeiro e de um assistente técnico. Esta solução, delineada para fazer face aos desafios da escassez de médicos de família, possibilita que a pessoa seja consultada num espaço seguro e familiar, com o suporte da equipa local, beneficiando da observação e acompanhamento médico através de uma plataforma digital.
A ULS do Medio Tejo sublinha que este formato permite ao profissional de saúde realizar todos os actos clínicos que não exigem um exame físico directo, não descura a prescrição electrónica de receitas, exames complementares de diagnóstico ou análises. Cada teleconsulta será, aliás, precedida por uma consulta de enfermagem, cabendo ao apoio administrativo a emissão de documentos e demais formalidades, num esforço para garantir uma equivalência prática com uma consulta nos moldes presenciais tradicionais.
A resposta assim assegurada, esclarece a ULS, não substitui de forma alguma a presença física do médico, mas garante que os utentes mantêm um acesso regular a consultas, exames e prescrições no seu centro de saúde de proximidade. A estratégia da unidade de saúde parece assentar num tripé: a abertura de novas unidades, a implementação de teleconsultas e o reforço pontual das equipas médicas. Objectivo maior: aproximar os cuidados de saúde das comunidades que servem.
Estas iniciativas, lê-se ainda no comunicado, combinam inovação tecnológica, expansão da rede física e contratação de profissionais, num esforço para reforçar a confiança dos utentes e assegurar um acesso mais equitativo e, desejavelmente, sustentável aos serviços de saúde.
Já a 15 de Setembro, a ULS do Medio Tejo havia anunciado a reabertura dos polos de saúde de Limeiras e de Praia do Ribatejo, também em Vila Nova da Barquinha, então com a prestação de cuidados de enfermagem — medida que foi saudada pela comissão de utentes da região. Estas unidades tinham visto a sua actividade assistencial interrompida na esteira da pandemia de covid-19. A sua reabertura, ainda que apenas com serviços de enfermagem, representou na altura um passo significativo no sentido de devolver proximidade de cuidados às populações.
A ULS admitiu, contudo, que não sendo possível, de imediato, reativar todos os polos ou extensões com presença médica, pretende, progressivamente e à medida que os recursos o permitirem, alargar a sua rede assistencial. Garante, desde já, serviços de enfermagem regulares nestas localidades.
A ULS do Medio Tejo assegura a resposta directa a aproximadamente 169.270 utentes, distribuídos por concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei, abrangendo os distritos de Santarém e Castelo Branco. Com 35 unidades funcionais de cuidados de saúde primários, a estrutura dispõe ainda de três hospitais — em Abrantes, Tomar e Torres Novas —, separados entre si por cerca de 30 quilómetros, uma geografia que por si só impõe desafios logísticos constantes.
NR/HN/Lusa
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