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António deixou fumar ao fim de 49 anos, mas a tosse não o larga

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António Ferreira chegou a fumar quatro maços de tabaco por dia. Deixou o vício há sete anos, na sequência de uma embolia pulmonar, mas continua a ter de lidar com os efeitos do fumo.

Por causa da tosse frequente e do cansaço constante, não consegue correr, nem subir escadas ou fazer grandes caminhadas, conta António Ferreira, à Renascença.

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Deixei de fumar de um dia para o outro. Nunca mais senti necessidade. Às vezes, estou sentado ao pé de amigos que estão a fumar e não me faz diferença. Foi tudo feito por mim, talvez por orgulho”, assume o reformado, de 76 anos, que lamenta ter sido fumador entre os 20 e 69 anos. Por causa disso, todos os dias tem de tomar medicação.

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A pneumologista Inês Luz explica que o tabaco tem um efeito cumulativo. “Muitas vezes as pessoas deixaram de fumar há 10 ou mais anos e têm um cancro do pulmão ou descobrem uma doença pulmonar obstrutiva crónica, porque mesmo tendo parado de fumar os efeitos estavam lá e o diagnóstico surge mais tarde”, diz a médica, acrescentando que se calcula que todos os anos cerca de 12 mil portugueses morram por causa deste vício.

Em Portugal, o número de fumadores de tabaco tradicional tem vindo a diminuir desde 2014. “Houve uma redução de cerca de 5%. Era cerca de 20% em 2014, agora é cerca de 16%. No entanto, houve um aumento do consumo de cigarros eletrónicos que atualmente conta mais com 100 mil utilizadores”, afirma a pneumologista.

Inês Luz acrescenta que, a longo prazo, não se conhecem as consequências do seu uso. “A curto prazo há estudos que mostram que há doenças causadas por estas novas formas de tabaco”, garante a especialista, que recorda que, além do cancro, o tabaco está associado também a doenças cardiovasculares, entre outras. “É muito importante alertar para os efeitos nefastos do tabaco”, sublinha.

A pneumologista do Hospital do SAMS lembra que as pessoas que fumam há vários anos devem ter acompanhamento médico, como é o caso de quem consumiu um maço de tabaco por dia, durante uma década. “O objetivo é fazer exames de rastreio, como por exemplo um raio-x ao tórax ou uma TAC pulmonar.”

Como deixar o tabaco?

Para aqueles que querem deixar de fumar, pode ser útil recorrer a uma consulta de cessação tabágica, com uma abordagem multidisciplinar que inclui normalmente apoio psicológico.

“Avalia-se o histórico de saúde do doente, a carga tabágica, o grau de dependência de nicotina, ansiedade. Geralmente define-se o ‘dia D’, para deixar de fumar, e até lá vamos tentado fazer uma redução”, explica Inês Luz.

A pneumologista considera que “não há dicas universais” e afirma que “o mais importante é estar motivado.”

“Assim vai aceitar mais os conselhos do médico e a ajuda seja ou não farmacológica. Também há apoio psicológico e é muito importante o apoio de familiares”, diz a pneumologista. “É muito mais fácil deixar de fumar numa casa em que ninguém fuma do que numa casa em que todos fumam”, garante a médica.


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