
Moedas recandidato: “Lisboetas vão escolher entre moderação e radicalismo”
Carlos Moedas, atual presidente da Câmara de Lisboa, acredita que nas próximas autárquicas os lisboetas vão ter de fazer uma “escolha simples, mas com enormes consequências“, ao escolher entre reelegê-lo ou escolher a candidata do PS, Alexandra Leitão.
Durante a apresentação oficial da sua recandidatura, esta quarta-feira, na Estufa Fria, em Lisboa, o autarca e dirigente do PSD provocou ainda os que estão insatisfeitos com os últimos anos do PS.
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“Em outubro os lisboetas vão ter uma escolha: entre a moderação e o radicalismo“, referindo-se à candidatura de Alexandra Leitão, e aproveitou para desafiar os “socialistas moderados” para votar nele.
Sobre a sua recandidatura, Carlos Moedas admite que “não é em quatro anos que conseguimos resolver os problemas criados, ou não resolvidos, em 14 anos” e garante que está pronto para os próximos quatro.
“Ao fim de quatro anos sinto mais energia e motivação do que no primeiro dia”, atirou o líder da autarquia, perante centenas de pessoas que iam entre-cortando o discurso de Carlos Moedas com aplausos.
“Não me candidato contra ninguém, candidato-me por ti, Lisboa“, atira o antigo comissário europeu.
Mais polícia e um plano de segurança
Carlos Moedas passou depois para o lado temático do seu discurso de perto de 25 minutos, em que abordou o problema do lixo na cidade. O atual autarca fala em “problemas estruturais” e que “vêm de trás” e promete combate acérrimo para acabar com eles, nomeadamente na distribuição de competências entre a autarquia e as juntas de freguesia.
“Isto não é normal. É disfuncional e nós vamos resolver“, prometeu.
Logo depois veio o tema da segurança, uma tecla que foi repetida pelo atual presidente da Câmara.
“Lisboa é e sempre foi uma cidade segura”, introduziu, para depois avisar: “Hoje na nossa cidade, muitas mulheres jovens que me dizem que têm medo de estar em certos pontos da cidade, isso não pode acontecer”.
Por isso, com o primeiro-ministro à sua frente, Carlos Moedas prometeu um “plano de ação de segurança para Lisboa“, em que se inclui mais polícia, guardas noturnos e policiamento comunitário. “O Governo não nos vai falhar”, afirmou.
Mais à frente, o autarca da capital voltou a falar sobre o “combate ao comércio ilegal, sem medos“, ao referir-se às “lojas fictícias” utilizadas para “dormitórios para imigração ilegal”.
Habitação: calcanhar
Com muita gente a ser empurrada para fora da cidade pelos preços incomportáveis da cidade, Carlos Moedas vincou que “desbloqueámos 250 hectares que estavam abandonados” para criar bairros lisboetas “entre o público, privado e sector social”.
E voltou a atirar ao seu antecessor, Fernando Medina: “Depois de uma década em que o PS construiu em média 17 habitações públicas por ano em Lisboa, nós entregámos 2 600 chaves”.
O atual presidente da Câmara de Lisboa voltou a comprometer-se em tentar que a cidade seja “uma das primeiras 100 cidades neutrais em carbono até 2030”, e lembra os projetos do novo elétrico 16 ou o Metro Bus entre Oeiras e Alcântara e Benfica.
Plateia de peso
Na Estufa Fria, centenas de pessoas uniram-se em torno de uma candidatura – agora com perspetivas mais otimistas do que há quatro anos – e o atual autarca conseguiu juntar várias personalidades, e não apenas na área da política.
Tony Carreira e o maestro Rui Massena sentaram-se na fila da frente, ao lado de Luís Montenegro, primeiro-ministro, Leonor Beleza, antiga ministra da Saúde, Paulo Portas, ex-líder do CDS e ex-ministro da Defesa, Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas, Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD, Rita Júdice, ministra da Justiça e Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente.
Além deles, na plateia estavam também Sebastião Bugalho, Pedro Reis, ex-ministro da Economia, Ribeiro e Castro, ex-líder do CDS, Isabel Mota, ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian e até a atriz e apresentadora, Luciana Abreu.
Do lado dos partidos que vão enlaçar-se com Moedas na coligação, a Iniciativa Liberal fez-se representar por Miguel Rangel, secretário-geral do partido, e o CDS por Telmo Correia, vice-presidente do partido. Nuno Melo, líder do CDS e ministro da Defesa, esteve ausente.
Durante o discurso, Carlos Moedas referiu-se ao CDS como “amigo sempre fiel” e à Iniciativa Liberal pela “coragem” de se juntar “pela primeira vez” ao PSD em Lisboa.
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