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“Prazo legal das 48 horas foi cumprido”. CM de Loures reage a demolições

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A vereadora da Câmara Municipal de Loures com o pelouro da Polícia Municipal, Paula Magalhães, defendeu esta segunda-feira a demolição das casas autoconstruídas no Bairro do Talude Militar. Segundo Paula Magalhães, a autarquia “não irá permitir a continuidade de construções desta natureza”. “Todas as pessoas sabem, à partida, que nem se deviam ter instalado”, começa por dizer, numa breve declaração aos jornalistas, no local das demolições.

Defendendo a atuação do município, que foi precedida por confrontos entre moradores e a polícia, Paula Magalhães diz que “foi dado o prazo legal das 48 horas e foi cumprido”. Agora, “as pessoas estão a ser convidadas e encaminhadas para os serviços sociais da Câmara Municipal, que irão encontrar soluções – as possíveis – para cada agregado familiar”, acrescentou, defendendo que as famílias “têm de encontrar o seu próprio caminho”, pois “esta não é uma solução viável”, pela “insalubridade” e pela “segurança”.

“Temos de acautelar a saúde e o bem estar”, acrescentou, garantindo que a medida foi tomada “a pensar principalmente nas crianças destas famílias”.

Ao todo, serão 64 as casas demolidas desta vez no Bairro do Talude Militar, onde a Renascença esteve esta segunda-feira. Aí, falamos com João, um dos moradores que viu a sua casa ser demolida. Garante que hoje não conseguiu ir trabalhar. “Vivo aqui com a minha família. Isto é triste”, lamenta. “Trabalho aqui em Lisboa e arrendar casa está difícil. Eles não podem fazer uma coisa destas”, pede.

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“Deveriam vir aqui para fazer uma reunião com as pessoas, dar tempo para as pessoas se organizarem”, lamenta.

No local estava também Gonçalo Filipe, do Movimento Vida Justa, que tem acompanhado o caso e que recordou que esta não é “a primeira vez, nem a segunda” que vê construções serem demolidas naquele lugar. “A última vez foi a semana passada. Demoliram cerca de 30 casas”, recorda, salientando que, hoje, “demolir 60 casas” significa que “62 crianças vão ficar sem teto”.

Perante o cenário, Gonçalo Filipe diz entender quem se revolta. “Todo este processo é tão desumano… Chegamos a um ponto tal que as pessoas já optaram por resistir dentro de sua casa”, explica.


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