
Mendes aconselha exportações para América latina em vez dos Estados Unidos
O candidato presidencial Luís Marques Mendes aconselhou o Governo e as empresas a encontrarem com rapidez alternativas, como a América latina, para as exportações, em reação às tarifas anunciadas pelo Presidente norte-americano sobre os produtos europeus.
“Se não houver recuo nesta decisão, é muito mau para as empresas portuguesas que exportam para os Estados Unidos. Se não houver recuo, não há volta a dar, por isso é melhor encontrar já uma alternativa”, afirmou aos jornalistas Luís Marques Mendes, à margem da visita ao Festival do Pão de Mafra, acompanhado por candidatos autárquicos do PSD a esta câmara municipal.
Enquanto se aguarda por decisões da União Europeu ao anúncio daimposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia feito este sábado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, o candidato presidencial defendeu que Portugal deve ir à procura de outros mercados.
“A grande alternativa que eu acho que deve ser estudada é o Mercosul, ou seja, um mercado que envolve o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com quem a União Europeia fez recentemente um acordo. É preciso ratificar esse acordo e explorar este novo mercado, que é um mercado de 250 milhões de pessoas, como alternativa ao mercado americano”, explicou Marques Mendes.
Para o candidato, a procura de mercados alternativos deve acontecer “quanto mais cedo melhor”.
Privatização da TAP é “decisão correta” e “muito consensual”
O candidato presidencial mostrou-se ainda favorável à privatização da companhia aérea TAP, mas pediu transparência em todo o processo.
“Eu não tenho nenhuma objeção, pelo contrário, acho que é uma decisão correta e uma decisão até muito consensual”, respondeu, quando questionado se concorda com a privatização da TAP.
Marques Mendes pediu, contudo, que “este processo decorra com muita transparência, com total transparência para que não haja no final qualquer suspeita”.
Questionado sobre os problemas no setor da saúde e uma eventual demissão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu que “precisamos de soluções e não de demissões e rapidamente”.
“Todos nós queremos que haja mais nascimentos em Portugal, porque a população está a envelhecer, e são permanentemente feitos apelos e incentivos para que haja mais nascimentos. Ora, ter urgências de obstetrícia fechadas em grande quantidade não é nenhum bom incentivo ao aumento da natalidade”, exemplificou.
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