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Grávida perde bebé depois de ter ido a cinco hospitais em 13 dias

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Uma grávida perdeu o bebé pouco tempo após o nascimento, depois de ter ido a cinco hospitais em 13 dias, queixando-se de dores intensas. O caso foi noticiado este domingo pelo Correio da Manhã.

O bebé morreu logo após a cesariana, no Hospital Santa Maria, em Lisboa, alegadamente devido “a baixa oxigenação”.

A Direção Executiva do SNS afirmou à Renascença que teve conhecimento do caso este domingo e “está a averiguar a situação para apurar todos os factos”.

De acordo com o CM, a grávida, de 37 anos, relatou que terá ido pela primeira vez ao hospital a 10 de junho, depois de ligar para o SNS24, queixando-se de dores intensas e peso abdominal. A mulher foi encaminhada para o hospital de Setúbal, onde terá realizado um CTG para avaliar o bem-estar do feto, que indicou que tudo estaria bem. Posteriormente, a 16 de junho, realizou novo contacto para o SNS24, tendo sido reencaminhada para o hospital do Barreiro, onde voltou a realizar exames, que também não indicavam problemas.

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No dia 19 de junho, a utente terá dado entrada na urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, com 40 semanas e 3 dias de gestação, onde realizou novo CTG sem alterações.

Treze dias após a primeira chamada para o SNS24, a grávida, com 41 semanas, terá ido para as urgências do hospital de Cascais. Sem vaga para internamento, a mulher foi transportada de ambulância foi transportada para o Hospital de Santa Maria. No Hospital, segundo o CM, o parto terá sido induzido, tendo os médicos, posteriormente, optado por realizar uma cesariana.

Em nota enviada à Renascença, o Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Unidade Local de Saúde de Santa Maria confirma que mulher, “de 37 anos, deu entrada no nosso hospital no dia 21 junho 2025, com uma gestação de 40 semanas e 6 dias, para indução do trabalho de parto, por ausência de vagas no Hospital de Cascais”, acrescentando que “as ecografias realizadas durante a gravidez indicavam um feto com crescimento normal e a cardiotocografia realizada à entrada era normal”.

Na nota, o departamente de Obstetrícia e Ginecologia esclarece, após averiguações internas, que “foi proposta à senhora uma indução do trabalho de parto, devido à idade gestacional. A indução foi iniciada no mesmo dia e o trabalho de parto decorreu sem intercorrências de relevo. Na altura do período expulsivo, foi tentado um parto instrumentado, porque o feto não descia espontaneamente e apresentava desacelerações da frequência cardíaca, mas este não teve sucesso, razão pela qual se partiu logo de seguida para uma cesariana”.

O hospital explica ainda que durante a cesariana foi constatada a existência de um hematoma grande do ligamento largo do útero, o qual dificultou a incisão no útero e atrasou substancialmente a extração do feto. O recém-nascido pesava 4525g, mostrava sinais de vida, mas não resistiu ao episódio de baixa oxigenação sofrido nos momentos que antecederam o nascimento”.

A Unidade Local de Saúde de Santa Maria expressou ainda “o mais sentido pesar ao casal e seus familiares nesta hora de profunda tristeza, garantindo-lhes todo o apoio necessário”.

A família aguarda o resultado da autópsia para averiguar se avançará com uma queixa.

Contactado pela Renascença, o Hospital Garcia de Orta – onde a utente foi vista na urgência com 40 semanas e 3 dias – afirma que não havia critérios clínicos para internamento.

“A ULS Almada-Seixal confirma que a utente em causa deu entrada na urgência de ginecologia e obstetrícia no dia 19 de junho, com 40 semanas e 3 dias de gestação, tendo realizado um CTG, sem registo de alterações patológicas, não apresentando critérios clínicos para internamento. A utente foi, então, informada que, se nada se alterasse, às 41 semanas deveria contactar SNS 24 para ser encaminhada para uma unidade hospitalar disponível à data para indução de trabalho de parto”, refere o hospital em nota.

A ULS Almada-Seixal lamentou a morte do recém-nascido.

Em nota enviada à Renascença, o Ministério da Saúde lamentou a morte da bebé e afirmou que “está a averiguar a situação para apurar todos os factos relacionados com a situação”, acrescentando que o Hospital de Santa Maria “abriu um procedimento de averiguações internas sobre o mesmo caso”.

[Notícia atualizada às 16h45 com resposta do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Unidade Local de Saúde de Santa Maria]


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