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Açores com carência de psiquiatras no combate ao suicídio

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O combate ao suicídio nos Açores está condicionado à escassez de profissionais especializados em saúde mental, alertou esta terça-feira o psiquiatra Henrique Prata Ribeiro, sublinhando a necessidade urgente de reforçar o número de médicos psiquiatras e enfermeiros com formação em doenças mentais.

Durante uma audição na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa dos Açores, realizada em Angra do Heroísmo, Henrique Prata Ribeiro foi claro: “Mais médicos psiquiatras, sem dúvida! Se olharmos para a área da pedopsiquiatria, devia ser prioritário porque é aquela onde há menos profissionais”.

O médico, que liderou a estrutura regional dedicada à definição de estratégias para a prevenção e combate ao suicídio nas ilhas durante quase dois anos, foi ouvido na sequência de uma proposta apresentada pelo deputado único do PAN, Pedro Neves. A iniciativa propõe uma nova abordagem estratégica para enfrentar o elevado número de suicídios na região.

Entre os projetos sugeridos por Henrique Prata Ribeiro para colmatar a escassez de profissionais esteve a criação de um banco de médicos psiquiatras do continente que se disponibilizariam para consultas nos Açores. No entanto, esse plano não teve a aceitação esperada: “O banco de médicos era uma lista de psiquiatras, que se manifestaram disponíveis para colaborarem com a Região Autónoma dos Açores, para se deslocarem à região para fazerem consultas, mas a verdade é que houve uma grande relutância por parte dos diretores de serviços em aceitar essa modalidade”.

A preocupação com a falta de recursos humanos especializados não é nova. Em abril, durante uma outra audição no parlamento açoriano no âmbito da mesma proposta do PAN, o diretor clínico da Casa de Saúde de São Rafael, na Ilha Terceira, também alertou para o problema.

“Toda a região está carenciada de médicos psiquiatras. Já não digo só psiquiatras. Mesmo ao nível de enfermagem, ao nível das equipas multidisciplinares, os psicólogos, tudo isso são precisos numa assistência psiquiátrica, que seja holística”, declarou Luís Melo na ocasião.

O PAN justificou a sua proposta legislativa com a elevada taxa de suicídios nos Açores, que supera a média nacional. No texto da resolução, o partido afirma: “Urge combater os números avassaladores da taxa de suicídio da região. Temos de criar uma estratégia eficaz para a prevenção ao suicídio. É fulcral uma sociedade compassiva com as problemáticas de saúde mental e respetivas consequências, para travar este fenómeno”.

Estatísticas divulgadas em 2023 reforçam a urgência do problema. Um estudo conduzido pelo psiquiatra João Mendes Coelho, com base em dados de 2001 a 2021, revelou que o número de suicídios nos Açores tem vindo a aumentar, ao contrário da tendência nacional de redução.

“Para o conjunto do país temos 8,9 mortes por suicídio, por 100 mil habitantes. Aqui na região temos 14,7 e, especificamente para São Miguel, estamos com 16,4, ou seja, quase o dobro da taxa do país”, detalhou o autor do estudo.

Fonte: Saúde Online

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