
MP abre inquérito a caso de dermatologista que recebeu 51 mil euros num dia
O Ministério Público está a investigar o caso do dermatologista que, alegadamente, recebeu 51 mil euros por apenas um dia de trabalho no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Na véspera, também a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou a abertura de um inquérito à atividade cirúrgica adicional realizada no SNS, no seguimento deste caso, denunciado pela CNN Portugal.
Questionada pela Renascença, a Procuradoria Geral da República confirma “a existência de inquérito, o qual se encontra em investigação no DIAP de Lisboa”.
Na passada semana, a CNN Portugal dava conta da história de um dermatologista que teria recebido 400 mil euros por dez dias de trabalho adicional, realizados em diferentes sábados de 2024 — a situação é possível no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), que permite fazer cirurgias fora do horário laboral. O objetivo? Reduzir as filas de espera nos hospitais.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) também abriu esta segunda-feira um inquérito à atividade cirúrgica adicional realizada no SNS, assim como uma auditoria aos factos relacionados com a atividade cirúrgica realizada em produção adicional e classificação dos doentes em grupos de diagnósticos homogéneos (GDH), no Serviço de Dermatologia da Unidade Local de Santa Maria, desde 2021 até ao momento.
Também esta segunda-feira, a ministra da Saúde considerou que este caso “em nada abona na confiança dos portugueses”.
“Até as averiguações serem feitas, reside sobre a instituição, neste caso o maior hospital do país, (…) uma suspeita que em nada abona na confiança dos portugueses, sobretudo daqueles que aguardam numa lista de espera por ter uma cirurgia ou por ter uma consulta”, disse Ana Paula Martins.
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