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Imagens de filas de imigrantes nos serviços consulares “podem alimentar xenofobia”, alerta SJR

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O diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR) alerta para o risco de que imagens de filas de imigrantes em serviços consulares sejam usadas de forma xenófoba, distorcendo a realidade e alimentando discursos negativos contra os imigrantes.

Em declarações à Renascença, André Costa Jorge pede uma rápida resposta aos constrangimentos que, nos últimos dias, mantêm centenas de pessoas junto à Direção-Geral dos Assuntos Consulares em Lisboa e no Porto.

Para André Costa Jorge, “situações de estrangulamento dos serviços, de incapacidade de resposta dos serviços”, em última análise, “criam no cidadão comum ideias e perceções erradas e que alimentam, ou podem alimentar, sentimentos de desconforto e até de xenofobia em relação à vinda dos imigrantes”.

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O responsável adverte para as perceções erradas que a incapacidade em gerir os serviços do Estado pode provocar.

“Pode gerar uma perceção errada, a perceção de que há imigrantes a mais ou que há problemas com a imigração. Quando na verdade há problemas, sim, mas da nossa capacidade de gerir os serviços e de integrar e acolher estas pessoas da melhor maneira”, aponta.

Filas de imigrantes nos serviços consulares. "Desde domingo que não sinto o sabor de uma cama"

Nestas declarações à Renascença, o diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados insiste que a divulgação exagerada de problemas em áreas como saúde e habitação pode levar a uma responsabilização dos imigrantes por falhas nos serviços públicos, dos quais não são culpados.

“Seja nas áreas da saúde, na habitação ou noutra área qualquer, o problema aqui é que estas situações amplificadas na comunicação social tendem a criar uma perceção errada que, em última análise, se volta contra os próprios imigrantes, culpando-os de uma situação das quais são completamente irresponsáveis. Isto é, não têm qualquer responsabilidade sobre o funcionamento dos serviços públicos”, insiste.

Acrescenta André Costa Jorge: “Os responsáveis políticos, todos nós, temos de ter a noção de que dificuldade de funcionamento dos organismos de serviço aos cidadãos podem gerar situações negativas na perceção social sobre os imigrantes.”

O responsável do SJR sublinha, ainda, que Portugal continua com os serviços subdimensionados quanto à resposta a dar a quem procura regularizar a sua situação no país.

“Longas filas nos centros da AIMA, ou noutros centros, noutras estruturas quaisquer, é porque a resposta não está a ser suficientemente dimensionada para o real desafio necessário”, remata.


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