
Ajuda humanitária em Gaza não começou a ser distribuída, garante a ONU
A prometida ajuda alimentar ainda não começou a ser distribuída na Faixa de Gaza, garantem as Nações Unidas.
Um dia depois de Israel ter anunciado que as entregas humanitárias iam ser retomadas, ainda que de forma limitada, após um bloqueio de 11 semanas na fronteira com o enclave palestiniano, milhares de pessoas continuam à espera de apoio alimentar. Ao mesmo tempo, Israel deu início a uma “extensa” operação militar extensa, que tem como objetivo controlar a totalidade do território.
O porta-voz Stephane Dujarric da ONU afirmou que quatro camiões de comida para bebés foram deixados no lado palestiniano da fronteira na segunda-feira. Um bem fundamental, numa altura em que se receia a morte, por falta de assistência e de alimentos, de 14 mil bebés.
Algumas dezenas de camiões de farinha, medicamentos, material nutricional e outros artigos básicos entraram também em Gaza esta terça-feira. O problema no entanto, é que os veículos, após atravessarem a fronteira, foram impedido de prosseguir caminho imediatamente:
“As autoridades israelitas estão a exigir que descarreguemos mantimentos no lado palestiniano da passagem de Kerem Shalom e os recarreguemos separadamente assim que garantirem o acesso da nossa equipa a partir do interior da Faixa de Gaza”, disse Dujarric aos jornalistas.
“Hoje, uma das nossas equipas esperou várias horas pela autorização israelita para aceder à área de Kerem Shalom e recolher os fornecimentos nutricionais. Infelizmente, não conseguiram trazer esses fornecimentos para o nosso depósito“, garantiu o responsável.
Nesta terça-feira, um porta-voz do gabinete humanitário da ONU em Genebra disse que Israel tinha dado permissão para que cerca de 100 camiões de ajuda entrassem em Gaza. Uma quantidade insuficiente para dar resposta à crise em que o território está mergulhado. O responsável pela ajuda humanitária, Tom Fletcher, classificou o montante inicial de ajuda aprovado por Israel como “uma gota no oceano“.
Devido ao bloqueio israelita, a “subnutrição está a aumentar” em Gaza, declarou Akihiro Seita, Director de Saúde da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). “A preocupação é que, se a atual escassez de alimentos continuar, aumentará exponencialmente e ficará fora do nosso controlo.”
Israel alega que o seu bloqueio visa, em parte, impedir que os militantes islamitas do Hamas apreendam mantimentos de ajuda e os usem para seu benefício. O Hamas negou tê-lo feito.
Source link