Combinação de insulina e metformina auxilia na cura de úlceras no pé diabético, segundo novo estudo

Pessoas com úlceras crônicas no pé diabético podem em breve ter uma nova maneira de tratar suas feridas para uma cura mais rápida e menos internações hospitalares. Pesquisadores da Michigan State University e do South Shore Hospital descobriram que a combinação de dois medicamentos comuns para diabetes — insulina injetável e metformina administrada por via oral — aumenta a quantidade de metformina no local da ferida. Como a metformina pode acelerar a cicatrização da ferida, isso pode ser uma boa notícia para os 18,6 milhões de pessoas no mundo todo (1,6 milhão nos EUA) que desenvolvem uma úlcera no pé diabético, ou DFU, ao longo da vida.

“Coletamos exsudatos humanos de úlceras de pé diabético e analisamos sua composição”, disse Morteza Mahmoudi, professor associado do Departamento de Radiologia e Programa de Saúde de Precisão da Faculdade de Medicina Humana da MSU. “Uma das coisas que notamos na composição dos exsudatos — que não foi observada em nenhum outro lugar — foi a presença de metformina.

“Até agora, estudos farmacológicos não encontraram uma interação entre insulina e metformina”, ele acrescentou. “Nosso estudo mostra que pode haver pelo menos um papel indireto no consumo de insulina e metformina de forma que a metformina possa acabar em uma área de ferida onde ela aumenta a capacidade do corpo de se curar.”

Mahmoudi e a co-pesquisadora Lisa Gould, cirurgiã plástica e clínica de tratamento de feridas no South Shore Hospital e professora clínica associada de medicina na Brown University, publicaram recentemente um artigo em Farmacologia e Ciência Translacional da ACS que detalha a conexão até então inédita entre insulina e metformina em exsudatos de DFU.

“Nossas descobertas podem afetar a maneira como os clínicos abordam a cura de feridas crônicas”, disse Mahmoudi. “Por exemplo, se um paciente tiver uma ferida, o papel sinérgico da insulina e da metformina pode ser útil.

“Além disso, os desenvolvedores de curativos precisam considerar as interações de qualquer coisa que eles colocam em cima de feridas com exsudatos”, ele continuou. “Os exsudatos podem interagir com os curativos e afetar sua segurança e eficácia terapêutica. Pesquisas adicionais avaliarão isso.”