Surto de Omicron teve taxas de mortalidade mais baixas em comparação com cepas anteriores de COVID-19, descobre estudo

Um gráfico de densidade de internações em UTI por COVID-19 de acordo com o período de predominância da variante no Brasil em 231 UTIs do estudo. B Taxas de cobertura vacinal para COVID-19 na população brasileira (https://coronavirusbra1.github.io/sobre). C, D Modelo de regressão logística misto multivariado com mortalidade intra-hospitalar em 60 dias como variável de desfecho binária. Ajustado para idade, sexo, fragilidade, performance status, COVID-19 como diagnóstico principal, fonte de admissão na UTI, período de pandemia e perfil clínico na admissão, incluindo disfunção de órgãos e suporte. C Razões de chances ajustadas obtidas por médias marginais em modelo multivariável sem termos de interação. D Razões de chances ajustadas obtidas por médias marginais em modelo multivariado que incluiu a interação entre as variantes dos períodos de preocupação (Não variante, gama/delta e ômicron) e a necessidade de ventilação mecânica invasiva no primeiro dia de UTI (Sim/Não). Crédito: Medicina Intensiva (2023). DOI: 10.1007/s00134-023-07039-2
Durante o pico da pandemia de COVID-19, um medo constante do público era o surgimento de uma nova variante da doença. Entre as mutações virais do SARS-CoV-2, algumas foram alarmantes, como omicron, delta e gama. As cepas com maior virulência e capacidade de invasão do sistema imunológico são definidas como variantes preocupantes, pois também têm potencial para sobrecarregar o sistema de saúde, aumentando o número de internações em unidades de terapia intensiva.
Um novo estudo liderado pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) publicado recentemente na revista Medicina Intensiva usaram técnicas de análise de big data para comparar o perfil de pacientes internados em UTIs brasileiras durante a dominância de diferentes VOCs.
Como objeto de pesquisa, os autores avaliaram uma coorte multicêntrica de pacientes com COVID-19 confirmados por diagnóstico de RT-PCR. Esses pacientes foram internados em uma das 231 UTIs brasileiras avaliadas no estudo, totalizando 47.465 internações entre 27 de fevereiro de 2020 e 29 de março de 2022. Os dados de internação foram todos fornecidos pela Rede D’Or, a maior rede hospitalar privada da América Latina América.
Os cientistas dividiram as informações em três períodos de tempo: época 1 (quando não havia VOC dominante; total: 21.996 admissões), época 2 (dominância gama/delta; total: 21.183 admissões) e época 3 (dominância de mícrons; total: 4.286 admissões). Depois disso, estudaram o mortalidade hospitalar até 60 dias após a admissão, considerando também a necessidade de ventilação mecânica (intubação) nos três períodos. Esses cálculos complexos eram executados por um software de bioestatística, que empregava modelos matemáticos que consideravam as múltiplas variáveis capazes de interferir na chance de mortalidade do paciente, como idade, sexo, comorbidades, entre outras, resultando no que os autores chamam de mortalidade ajustada avaliar.
Os pesquisadores observaram que durante a época 3 (dominância de mícrons), os pacientes eram mais velhos, com idade média de 68 anos, enquanto esse número era de 52 anos na época 2 e 55 anos na época 1. pela COVID-19 e necessitou de menos ventilação mecânica. No mesmo grupo, a mortalidade ajustada foi menor em comparação com as duas épocas anteriores. No entanto, para pacientes que necessitaram de ventilação mecânica, as taxas de mortalidade foram muito semelhantes entre todas as dominâncias de VOCs.
“Pacientes que precisam de ventilação mecânica em ômicron são os mais frágeis, como idosos e imunossuprimidos, e correm maior risco de desenvolver formas graves da doença. Uma das coisas que nosso estudo revela é que, para esses pacientes, não há ainda é preciso cautela quanto ao risco de internação e morte. Mesmo na época 3, a mais recente do estudo, quando já havia cobertura vacinal, [there was no] desaceleração relevante em taxas de mortalidade para pacientes com COVID-19 que precisam ventilação mecânica”, diz o primeiro autor e pesquisador do IDOR, Dr. Pedro Kurtz.
A pesquisadora afirma que, segundo os dados de vacinação da população brasileira, até o final de 2021, mais de 60% dos adultos receberam a primeira dose de vacinação, 30% a segunda dose e mais de 90% daqueles com mais de 60 anos tinha uma vacinação completa. A cobertura vacinal, portanto, deve ter contribuído para a menor mortalidade observado no omicron período. No entanto, os autores mostram que, mesmo com a vacinação completa, a disseminação de variantes com alta infectividade coloca em risco pacientes vulneráveis, principalmente os mais idosos, com comorbidades e que podem necessitar de internação em casos mais graves.
Mais Informações:
Variantes de preocupação e resultados clínicos em pacientes críticos com COVID-19, Medicina Intensiva (2023). DOI: 10.1007/s00134-023-07039-2
Fornecido pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino
Citação: O surto de Omicron teve taxas de mortalidade mais baixas em comparação com cepas anteriores de COVID-19, encontra estudo (2023, 26 de abril) recuperado em 26 de abril de 2023 em https://medicalxpress.com/news/2023-04-omicron-outbreak-mortality-previous -strains.html
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