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Sindicato de enfermeiros afirma que “muitos milhares” estão hoje a aderir à greve

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O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) afirmou que “muitos milhares” de profissionais aderiram à greve nacional de hoje, sem divulgar números concretos, garantindo apenas o cumprimento dos serviços mínimos.

“Temos indicadores seguros e suficientes para garantir uma fortíssima adesão por parte das enfermeiras e enfermeiros do setor público”, indica o Sindepor no balanço das primeiras duas horas de paralisação.

Em comunicado, o sindicato sublinha que, para já, “é precoce” avançar com números, já que a adesão em todo o país “obriga a uma avaliação mais apurada”.

“Certo é que em todo o país muitos milhares de enfermeiros estão em greve, inclusive nos seus locais de trabalho, a cumprir serviços mínimos, que pela força das circunstâncias e da legislação que nos é imposta, em muitos casos correspondem a máximos que funcionam nos dias normais de atividade”, precisa.

Urgências, hemodiálise, recolha de sangue e órgãos para transplante, cuidados intensivos, cirurgias urgentes e oncológicas prioritárias, bem como cuidados paliativos, estão garantidos.

Já consultas externas, cuidados de saúde primários e atos considerados adiáveis foram cancelados, cabendo às instituições informar e remarcar os utentes, “uma vez que foram atempadamente informados”, segundo o Sindepor.

O Sindepor às reanunciou uma greve nacional de enfermagem de 16 horas, entre as 08:00 e as 24:00, para pressionar o Governo a responder ivindicações da classe.

Na altura, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse que a decisão de avançar para a paralisação surge após meses de impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

O dirigente sublinhou à agência Lusa que o Sindepor, filiado na União Geral de Trabalhadores (UGT) e na Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), não convocava uma greve há mais de dois anos, privilegiando sempre a via da negociação.

Carlos Ramalho lembrou que o Governo se comprometeu a iniciar negociações em janeiro, mas só o fez em junho, apresentando propostas “completamente absurdas”.

“Não havia outra possibilidade senão recusá-las”, disse, apontando a precarização e a alteração dos horários de trabalho como pontos críticos.

Entre as medidas contestadas está a introdução da bolsa de horas e da adaptabilidade, que, segundo o dirigente, “comprometem seriamente a vida pessoal e familiar dos enfermeiros, porque nunca sabem com o que contam”. Além disso, as horas extra não seriam pagas, ficando apenas para compensação futura.

A greve do Sindepor acontece após a greve geral de quinta-feira, à qual o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) destacou hoje a forte adesão dos profissionais, mostrando que “rejeitam o pacote laboral e a proposta relativa ao ACT apresentado pelo Ministério da Saúde”.

Numa nota, o SEP acusa o Governo de desrespeitar os profissionais ao não contabilizar como aderentes os enfermeiros que, estando em greve, asseguraram serviços mínimos.

“Os números avançados pelo Governo demonstram falta de respeito”, escreve o sindicato, acrescentando que os dados enviados à comunicação social confirmam a rejeição das alterações à legislação laboral.

O sindicato critica ainda as declarações do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, considerando “inaceitável” a tentativa de desvalorizar a paralisação.

“Apresentar justificações como ‘o número de carros que atravessam a ponte que apenas caiu 5%’ ou ‘as transações na Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) com uma redução de apenas 7%’ demonstra bem o desespero”, acrescenta.

lusa/HN

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