Palmela discute saúde e revela centros degradados sem médicos suficientes

A saúde no concelho de Palmela esteve em destaque no debate político municipal, após eleitos locais terem lançado um alerta para as más condições dos equipamentos de saúde e para a escassez de médicos e enfermeiros. O retrato traçado no plenário revelou um problema persistente, que continua a afetar a resposta dada à população.
O centro de saúde dos Brejos do Asa foi apontado como um dos exemplos mais preocupantes. Um deputado municipal classificou o espaço como “indigno” para utentes e profissionais, sustentando a crítica em visitas ao local. A intervenção sublinhou a urgência de uma resposta concreta perante uma realidade que, segundo os eleitos, se arrasta no tempo.
Em resposta, a presidente da Câmara Municipal de Palmela lembrou que a responsabilidade sobre os edifícios dos centros de saúde foi recentemente transferida para o município. A autarca explicou que, no momento da transição, a autarquia encontrou situações básicas por resolver, como unidades sem ar condicionado funcional. “Foi por aí que começámos”, afirmou, reconhecendo que há ainda um longo caminho a percorrer.
Para além do estado físico das unidades, o executivo municipal destacou um problema estrutural que ultrapassa as obras. A dificuldade em atrair e fixar profissionais de saúde no concelho foi apontada como um dos principais entraves à melhoria do serviço. “Não basta investir nos edifícios se não houver médicos e enfermeiros”, alertou a presidente da Câmara.
Entre as soluções defendidas estão apoios ao arrendamento e habitação de função, medidas que o município considera essenciais para tornar Palmela mais atrativa para os profissionais de saúde. O objetivo passa por garantir cuidados de saúde com qualidade e proximidade para a população.
O debate político deixou claro que existe consenso quanto à gravidade da situação. A melhoria da resposta em saúde em Palmela dependerá tanto da requalificação dos centros como de políticas eficazes para fixar recursos humanos, num desafio que continua a exigir respostas urgentes.




