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OMS alerta que cortes no financiamento comprometem combate ao VIH

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta segunda-feira que os cortes do financiamento internacional estão a comprometer a prevenção e tratamento do VIH, fazendo com que a resposta ao vírus esteja numa encruzilhada, após décadas de progresso.

“Enfrentamos desafios significativos, com cortes no financiamento internacional e a estagnação da prevenção”, salientou o diretor-geral da organização das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus, num comunicado para assinalar o Dia Mundial da Luta Contra a Sida.

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Segundo a OMS, as reduções “drásticas e repentinas” no financiamento de doadores internacionais durante este ano levaram a que programas essenciais, como a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a redução de danos para as pessoas que injetam drogas, fossem reduzidos ou totalmente encerrados em alguns países.

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“Após décadas de progresso, a resposta ao VIH [vírus da imunodeficiência humana que ataca o sistema imunitário e causa a Sida] encontra-se numa encruzilhada“, com os esforços de prevenção a estagnarem em 2024, com 1,3 milhões de novas infeções, “impactando desproporcionalmente as populações-chave e vulneráveis”, alertou a organização com sede em Genebra.

A nível global, a OMS estima que 40,8 milhões de pessoas viviam com VIH e 630 mil pessoas morreram por causas relacionadas com a infeção.

Embora a dimensão total do impacto dos cortes na ajuda externa ainda esteja a ser avaliada, a organização acredita que o acesso à PrEP tenha “diminuído drasticamente”.

Adiantou que, uma estimativa de outubro deste ano, indica que 2,5 milhões de pessoas que utilizaram a PrEP em 2024 tenham perdido o acesso aos seus medicamentos devido exclusivamente a cortes no financiamento dos doadores.

“Estas interrupções podem ter consequências de longo alcance para a resposta global ao VIH, comprometendo os esforços para acabar com a SIDA até 2030”, avisou a OMS.

No comunicado divulgado esta segunda-feira, a OMS apelou ainda aos governos e parceiros para alargarem rapidamente o acesso a novas terapias aprovadas, como o lenacapavir (LEN), com o objetivo de reduzir as infeções e combater a perturbação dos serviços de saúde essenciais causada pelos cortes na ajuda externa.

Segundo referiu, o LEN, aprovado recentemente, constitui uma alternativa de prevenção altamente eficaz e de longa duração aos comprimidos orais e outras opções terapêuticas.

Em Portugal, segundo um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado recentemente, foram registados o ano passado 997 casos de infeção por VIH, menos que em 2023, mas mais de metade (53,9%) dos diagnósticos ocorreram tardiamente, sobretudo em pessoas com 50 ou mais anos.


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