
Greve será de dois dias em alguns sectores
Mário Cruz / Lusa
Escolas, recolha de lixo ou enfermeiros com paralisação prolongada. Efeitos na CP começam já hoje. INEM recua.
A greve geral promete paralisar Portugal em diversos sectores nesta quinta-feira, dia 11 de Dezembro, mas as consequências não se ficam por esse dia.
Os efeitos da paralisação nos comboios começam a sentir-se já hoje, quarta-feira. A CP – Comboios de Portugal avisou que pode haver cancelamentos de viagens, ou atrasos, nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional.
Na quinta-feira, a nível local, os serviços mais afectados deverão ser os da recolha do lixo, as escolas e diversos equipamentos municipais.
Cristina Torres, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, disse à agência Lusa que os sectores mais atingidos deverão ser: recolha de resíduos, escolas, transportes da responsabilidade das autarquias e diversos equipamentos municipais – piscinas, museus, pavilhões desportivos e bibliotecas.
E também aqui os efeitos deverão sentir-se já hoje, quarta-feira: em Évora, a recolha de lixo deve parar já às 19h. Sintra, Amadora, Almada, Loures e Vila Franca de Xira também passarão por mesmo nas horas seguintes.
A greve vai prolongar-se para sexta-feira, em alguns sectores.
Na saúde, há greve nacional de enfermagem no dia 12 de Dezembro, a partir das 8h da manhã. Foi convocada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal.
Também na sexta-feira, haverá greve do Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social, para os trabalhadores da Administração Pública Central, Regional e Local.
Esta última convocatória vai afectar escolas, repartições de finanças, serviços de Segurança Social, e diversos serviços municipais, como recolha de lixo.
Aliás, diversas escolas já avisaram os encarregados de educação que as crianças vão ficar em casa na quinta-feira e, provavelmente, na sexta-feira também.
Entretanto, os trabalhadores do INEM recuaram e não vão aderir à greve geral. Está “sanado o motivo extraordinário”, explicou Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, depois de uma reunião com Ana Paula Martins, ministra da Saúde.
Os portugueses apoiam esta greve geral. Um inquérito divulgado pelo Diário de Notícias mostra que 61% dos portugueses concordam com a paralisação.
Nuno Teixeira da Silva, ZAP //



