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Anestesiologistas em falta no HGO

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O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) alertou, esta quarta-feira, para a escassez de anestesiologistas no Hospital Garcia de Orta, em Almada, considerando que a situação, além de condicionar o funcionamento da maternidade, poderá comprometer toda a resposta cirúrgica daquela unidade hospitalar.

Em declarações à agência Lusa, no final de uma ronda pelos três hospitais da Península de Setúbal — Almada, Barreiro e Setúbal —, Carlos Cortes afirmou que “a esmagadora maioria das vezes que o Garcia de Orta encerrou não foi por falta de obstetras, foi por falta de anestesiologistas”, situação que tem limitado a resposta da maternidade.

Classificando o cenário como um “sinal de alarme”, o bastonário advertiu que, caso o Ministério da Saúde não intervenha rapidamente na área da Anestesiologia, “todas as especialidades cirúrgicas não vão conseguir cumprir com a redução das listas de espera”.

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Segundo Carlos Cortes, a falta destes especialistas é transversal aos hospitais da Península de Setúbal, sendo a resposta atualmente assegurada, em grande medida, através da prestação de serviços. No Hospital Garcia de Orta, existem cerca de 40 anestesiologistas em regime de prestação de serviços, os chamados médicos tarefeiros.

O bastonário alertou ainda que a carência de anestesiologistas pode colocar em causa a eficácia da urgência regional de Obstetrícia e Ginecologia, anunciada pelo Governo para a região. “Até podíamos deslocar todos os obstetras de Lisboa para o Garcia de Orta, a urgência manter-se-ia encerrada porque não tem anestesiologistas, que são absolutamente essenciais para esta atividade”, afirmou.

Como uma das soluções para o problema, Carlos Cortes defendeu a manutenção permanente das vagas para contratação de médicos recém-especialistas, criticando o atual modelo de recrutamento após a conclusão do internato.

“Este modelo é completamente errado. Tem várias décadas e sempre funcionou assim, mas entretanto tudo mudou e hoje as necessidades do SNS são muito mais prementes, graves e profundas do que eram há 20 ou 30 anos”, sublinhou.

Esta semana, o Ministério da Saúde abriu um concurso para o preenchimento de 606 vagas para médicos especialistas recém-formados, das quais 447 para a área hospitalar, 142 para Medicina Geral e Familiar e 17 para Saúde Pública. Para o bastonário, estas vagas deveriam manter-se sempre abertas.

“Se o Ministério da Saúde deteta carências nesses hospitais e abre vagas, não se percebe porque não as mantém abertas”, lamentou, defendendo que os lugares deveriam estar permanentemente disponíveis para aumentar as oportunidades de integração dos médicos no SNS.

Carlos Cortes defendeu ainda que o mapa de vagas deve ser divulgado mais cedo, antes da realização do exame de especialidade, considerando que isso enviaria uma “mensagem muito forte” aos médicos de que o SNS precisa deles.

“O setor privado e social não se atrasa nisso. Contacta-os muito cedo, antes do exame, para os aliciar para uma vaga nos seus quadros”, concluiu.

SO/LUSA

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Fonte: Saúde Online

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