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Salários reais no Japão caem pelo nono mês consecutivo face à crescente inflação

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Os salários reais dos trabalhadores japoneses caíram 1,4% em setembro, segundo dados oficiais publicados hoje, representando a nona queda mensal consecutiva no país, numa altura de subida do preço dos alimentos essenciais.

Os salários nominais no Japão, que incluem o salário base, as horas extraordinárias e outros bónus, aumentaram 1,9% em relação a setembro de 2024, segundo um relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.

No entanto, os salários reais não acompanharam o aumento generalizado dos preços.

Em setembro os preços dos alimentos subiram 7,6%, os custos da energia aumentaram 2,3% e os custos da eletricidade subiram 3,2%, de acordo com os dados mais recentes do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.

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A principal taxa de inflação do Japão situou-se em 2,9% em setembro, acima do objetivo de 2% do BoJ, impulsionada por aumentos generalizados em todos os bens essenciais, desde a alimentação às taxas de serviço.

Como resultado, o salário médio, que se situa atualmente em 297.145 ienes (1.677 euros), continua a ser insuficiente para compensar a inflação, fazendo com que os salários reais do Japão apresentem um crescimento negativo.

Estes valores salariais são os primeiros a ser divulgados desde que Sanae Takaichi assumiu o cargo de primeira-ministra do arquipélago, no final de outubro.

A primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão, representando a ala conservadora de linha dura do Partido Liberal Democrático, prometeu conter a inflação persistente e a erosão dos salários reais.

Entretanto, o maior sindicato do Japão, conhecido como Rengo, está a exigir um aumento salarial de 5% ou mais para 2026, depois de ter pressionado, com sucesso, o governo japonês em agosto para um aumento histórico de 5,25% do salário mínimo.

Em 30 de outubro, o banco central japonês melhorou a previsão de crescimento económico do Japão para 2025, em um décimo até 0,7%, alertando para uma desaceleração causada pelas políticas comerciais e diminuição dos lucros das empresas.

No relatório trimestral de previsões económicas, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) optou, no entanto, por manter em 2,7% a previsão de inflação para o ano fiscal em curso, que encerrará em 31 de março de 2026, citando um alívio do aumento dos preços dos alimentos, especialmente do arroz, que vinha a elevar o índice.

A instituição japonesa decidiu manter inalteradas as restantes previsões para os exercícios de 2026 e 2027.

O BoJ destacou que há vários riscos que podem influenciar a economia do país, entre eles a incerteza em torno da atividade económica no exterior e a reação dos preços no comércio e outras políticas em cada jurisdição.

“É necessário prestar atenção ao impacto destes desenvolvimentos nos mercados financeiros e cambiais, bem como na atividade económica e nos preços no Japão”, indica o texto.


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