
“Programa abem” apoiou mais de 42 mil pessoas na compra de medicamentos
 
A Rede Solidária do Medicamento já distribuiu, desde 2016, mais de 3,3 milhões de embalagens de medicamentos a famílias carenciadas.
O apoio proporcionado pelo Programa abem, da Associação Dignitude, representa uma melhoria significativa nos cuidados de saúde dos beneficiários e gera também uma poupança relevante para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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Teresa Nascimento foi referenciada para o “Programa abem” pela Câmara Municipal de Condeixa, onde residia. Quando se mudou para Olhão, há um ano e meio, voltou a recorrer aos serviços da autarquia para manter esta ajuda, que considera “essencial”.
Cuidadora do filho adolescente, portador de uma doença rara, Teresa vive com cerca de 500 euros mensais. Somado ao salário mínimo do marido, o rendimento do agregado familiar não chega para todas as despesas.
“Em alguns meses eu tinha de escolher entre a minha medicação e a medicação do meu filho e, é claro, que optava sempre pela medicação dele”, conta Teresa, diagnosticada com uma depressão. O marido sofre de apneia do sono, o que exige também medicação regular.
“São 80 euros por mês que o Programa abem paga”, refere Teresa, sublinhando que os antibióticos do filho também estão incluídos sempre que são necessários.
O orçamento familiar é insuficiente. “Uma boa parte vai para a renda da casa e para a alimentação do meu filho, que tem de ser diferenciada, porque ele não pode comer tudo. Temos de ter carro para o transportar. Só para estes gastos, o ordenado do meu marido não chega”, desabafa.
Presente em todo o país, o Programa abem está disponível em mais de 1200 farmácias, abrangendo 175 concelhos.
Maria João Toscano, diretora executiva da Associação Dignitude, afirma que os dados apontam para uma melhoria clara nos cuidados de saúde dos beneficiários e uma redução da pressão sobre o SNS.
“Os dados mostram que estas pessoas, ao fazerem as terapêuticas corretas, têm menos episódios de urgência e internamentos. Os estudos efetuados permitem concluir que, por cada milhão de euros que gastamos com medicamentos, conseguimos poupanças ao nível de internamentos e de urgências evitáveis de cerca de 5,4 milhões de euros”, refere.
Segundo a responsável, o estudo de impacto mais recente indica que caiu de 60% para 5% a percentagem de medicamentos que os beneficiários deixaram de comprar.
Os beneficiários são referenciados pelos parceiros no terreno, que podem ser autarquias, juntas de freguesia, Cáritas ou Misericórdias.
Depois de aprovados, recebem um cartão com o qual podem adquirir os medicamentos prescritos nas farmácias aderentes, sem custos para o utente.
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