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Portugal continua acima da média europeia em casos de VIH e de SIDA, apesar da redução na última década

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Portugal continua a registar mais casos de infeção por VIH e de SIDA do que a média da União Europeia, apesar de os números terem diminuído significativamente — entre 35% e 45% — na última década.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2024 foram notificadas 997 novas infeções, mantendo-se ainda uma grande proporção de diagnósticos em fase avançada e em pessoas com mais de 50 anos.

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Em declarações à Renascença, Bárbara Flor de Lima, responsável pelo Programa Nacional para a Infeção VIH, refere que “no ano de 2024 verificámos uma redução do número de novos casos diagnosticados em Portugal, comparativamente a 2023, mantendo-se esta tendência decrescente dos últimos anos”.

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A especialista sublinha, contudo, que “apesar da redução verificada desde 2015, 54% dos novos casos diagnosticados em 2024 foram tardios, com uma proporção superior entre indivíduos acima dos 50 anos”.

A maioria dos novos diagnósticos (68%) continua a ocorrer em homens que têm sexo com outros homens, embora seja entre os heterossexuais que os casos tendem a ser detetados mais tarde.

Segundo Bárbara Flor de Lima, “os novos diagnósticos entre homens que têm sexo com homens são, em geral, identificados em fases mais precoces, por serem alvo de rastreios regulares. Já os diagnósticos tardios ocorrem sobretudo em contextos de transmissão heterossexual, em pessoas de idade mais avançada. É, por isso, essencial reforçar o rastreio também nesta população”.

A responsável acrescenta que está prevista uma intensificação da testagem dirigida a este grupo, sublinhando que “haverá um foco e uma atenção especial a esta população, no sentido de reforçar o rastreio e garantir o início do tratamento adequado de forma atempada”.

Pela positiva, o relatório da DGS destaca o aumento do número de pessoas abrangidas pela Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao VIH. Em 2024, mais de 2.200 pessoas, maioritariamente do sexo masculino, estavam incluídas neste programa.

“Temos vindo a registar um crescimento exponencial da PrEP desde a sua implementação em Portugal, sobretudo a nível hospitalar, embora existam já orientações que permitem a sua prescrição noutras áreas e especialidades”, refere a responsável.

A taxa de diagnóstico mais elevada de VIH verificou-se entre os 25 e os 29 anos, com maior incidência nos homens. Um terço dos casos corresponde a residentes na Grande Lisboa.

A maioria dos novos casos (53,6%) ocorreu em indivíduos nascidos no estrangeiro, embora Portugal tenha sido identificado como o país de provável contágio.

Em 2024, foram notificadas 108 mortes associadas à infeção por VIH, sendo que 46,3% ocorreram mais de 20 anos após o diagnóstico.


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