
“Pede-se que a nossa comunicação seja mais acessível”: Bispos reúnem-se na Madeira
 
“Dizem que não nos entendem, porque utilizamos palavras que para nós são absolutamente conhecidas mas não chegam às pessoas. Logicamente, pede-se que a nossa comunicação escrita e verbal seja mais acessível.” Quem o diz é D. José Manuel Lorca, bispo de Cartagena e presidente da Comissão Episcopal de Comunicação Social em Espanha.
No primeiro dia do Encontro Ibérico das Comissões Episcopais de Comunicação Social no Funchal, o bispo espanhol antecipa que a linguagem usada na comunicação eclesial será um dos temas fortes – assim como a inteligência artificial e o “uso de meios como o Chat GPT”.
“Como pode a fé expressar-se melhor neste mundo da comunicação é sempre um desafio muito grande”, salienta D. Nuno Brás, bispo do Funchal desde 2019 e responsável pelo lado português. O bispo que acolhe na diocese que lidera estes trabalhos explica que também as redes sociais serão alvo de discussão nestes dias: “As redes sociais são hoje um meio incontornável, são uma realidade que está mais do que presente no quotidiano”.
O encontro de trabalho na Madeira arrancou esta segunda-feira e reúne nove bispos portugueses e espanhóis: D. Nuno Brás (bispo do Funchal e Presidente da Comissão Portuguesa); D. Pio Alves de Sousa (bispo auxiliar emérito do Porto); D. Fernando Paiva (Bispo de Beja); D. Delfim Gomes, (bispo auxiliar de Braga); D. Joaquim Dionísio (bispo auxiliar do Porto); D. José Manuel Lorca (bispo de Cartagena e Presidente da Comissão Espanhola); D. Salvador Giménez Valls (bispo de Lleida); D. Sebastián Taltavull (bispo de Maiorca); e D. Cristóbal Déniz (bispo auxiliar das Canárias).
No primeiro dia foi celebrada uma missa na Igreja do Colégio, presidida pelo bispo da diocese. Seguiu-se uma visita ao Museu Diocesano de Arte Sacra, que conta, no seu espólio, entre outras peças valiosíssimas de pintura ou de escultura, com uma impressionante cruz manuelina dourada que ronda os 30 kg.
Os bispos foram ainda recebidos, ao final da tarde, na Presidência do Governo Regional da Madeira. Não por Miguel Albuquerque, que se encontra em Bruxelas, mas por José Manuel Rodrigues, secretário regional da Economia. “Às vezes costumo perguntar o que seria da Educação, Saúde e Cultura não fosse a ação da Igreja Católica na Madeira?”, referiu, sublinhando as casas dedicadas à saúde mental, as escolas e os museus que são geridos pelo clero no arquipélago.
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