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“O país ainda não se convenceu que temos 25% de população envelhecida. Faltam respostas”

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A presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE), Maria do Rosário Gama, assume preocupação com algumas das conclusões que constam do relatório “Panorama da Saúde” de 2025 publicado esta quinta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e que confirmam Portugal como um dos países mais envelhecidos, a nível global.

Maria do Rosário Gama insiste que faltam muitas respostas para esta faixa etária. “Eu acho que o país ainda não se convenceu que se temos uma percentagem de pessoas mais velhas na ordem dos 25% e que esse número vai aumentando, mas não há respostas. Não há respostas nem de camas nem de cuidadores. Isso, de facto, é muito preocupante”, declara à Renascença.

O mesmo relatório aponta Portugal como um dos mais mal classificados no que toca à existência de cuidadores profissionais para idosos, de entre os 38 países que compõem a OCDE.

Por cada 100 pessoas com 65 anos ou mais, Portugal tinha em 2023 menos de um profissional de instituição ou lar, quando a média dos países da OCDE está nas 5 por cada 100 pessoas – ou seja, cinco vezes mais. No topo da tabela estavam países como Noruega e Suécia, com mais de 12 profissionais por cada 100 pessoas. No fim, a Grécia, com 0,2.

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Os valores colocam Portugal entre os últimos cinco piores lugares da tabela da OCDE e Maria do Rosário Gama aproveita para defender o alargamento do estatuto do cuidador informal para abranger mais situações de dependência, nas idades avançadas.

“A principal falha é não haver legislação que permita, por exemplo, que o Estatuto do Cuidador Informal seja mais abrangente porque não abrange todos os cuidadores. O cuidador informal tem pouco apoio e, nas nossas idades, os cuidados continuados são fundamentais”, explica a presidente do APRE, para dizer que numa idade em que “a vulnerabilidade é muito grande”, a oferta de cuidados continuados “em vez de aumentar, diminui”.

O relatório aponta que, entre trabalhadores do setor, apenas um em cada três profissionais tem contrato a tempo inteiro em Portugal, enquanto cerca de 25% trabalham em part-time. Estas percentagens ficam ambas abaixo da média da OCDE.

Entre os trabalhadores do setor, cerca de um em cada quatro são estrangeiros, uma percentagem que era de apenas 11% em 2014.


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