
Nova estirpe de Gripe A fora da vacina, mas recomendação é igual: “Vacinem-se”

O pneumologista Luís Rocha reforça a necessidade de vacinação contra a gripe, apesar de a vacina deste ano não contemplar a nova estirpe que está na origem de muitos casos de doentes com gripe.
“Não está contemplada na vacina e daí aparecerem mais doentes. De qualquer das formas, a mensagem é sempre a mesma: vacinem-se. Há uma mais-valia com a proteção relativamente a anticorpos que surgem da vacinação”, explica o médico e membro da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
O alerta é feito no dia em que a ministra da Saúde antecipa um inverno “muito duro”.
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Questionado sobre se a nova estirpe da Gripe A é mais mortal do que as restantes, Luís Rocha destaca que o problema não é a taxa de mortalidade.
“Não estamos a falar em mortal, mas em termos de impacto, porque se foge ao circuito adicional da proteção que é conferida pela vacina, vai haver mais sintomas e o impacto tem a ver, acima de tudo, com o doente que não está vacinado e que tem doença associada. Ai sim poderá ter impacto na sua doença de base. Não é a infeção vírica em si, mas a descompensação da doença crónica de base e o fator idade que, todos sabemos que, com mais idade, há menos defesas”, explica o especialista.
Luís Rocha, membro da direção da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, assegura que “o grande foco tem a ver com os extremos de idade, ou seja, as crianças abaixo de 2 anos e acima de tudo, também as pessoas com idade, ou seja, os maiores de 60 anos, os maiores de 80 que não estão vacinados e têm doenças crónicas associadas respiratórias, cardíacas, diabetes e a cardiovasculares”, especifica.
Já sobre os sintomas desta estirpe, o especialista garante que “são sobreponíveis” aos outros.
A Direção-Geral da Saúde recomenda a vacinação contra a gripe a todos os maiores de 60 anos e as crianças com menos de dois anos. Há ainda um conjunto alargado de pessoas que estão indicadas para vacinação.
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