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João Tomás, a tecnologia no futebol e o que vem aí: “Ainda há muita coisa que é imprevisível”

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Não falta muito para João Tomás defender a tese de doutoramento em Ciências do Desporto (sobre a transição do futebolista de júnior para sénior), mas a curiosidade é um bichinho malandro, então o antigo avançado anda pela Web Summit, em Lisboa.

Quer saber da “parte tecnológica relacionada com o desporto”, revela, a poucos metros do stand da Renascença no pavilhão 1. “Acho que faz todo o sentido, diria que é um passo natural. Desde a saúde até à performance desportiva. Foi nisso que me foquei.”

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A conversa com João Tomás leva-nos pelas métricas e dados oferecidos pelas plataformas futuristas. Qualitativo vs. quantitativo é um bom tema, sugere. “Esses mundos podem fundir-se. Existe muita coisa para o pós-jogo e para o que vamos encontrar, mas o foco estará eventualmente naquilo que se poderá fazer dentro do jogo. Até que ponto vamos ultrapassar essa linha… Acho muito interessante.”

Ou seja, máquinas que revelam onde está o espaço ou ferramentas que, simulando um jogo centenas de vezes com as características dos jogadores, possam deixar pistas para onde deve olhar a equipa técnica. Entre outras coisas, claro.

O jornalista cético fala-lhe sobre o cenário de uma avalanche de números contribuir para uma formatação ainda mais violenta do jogo e dos jogadores. “Ainda há muita coisa que é imprevisível, depende do talento, da tomada de decisão, do próprio poder de decisão e da análise do interveniente.” Assume, ainda assim, que há esse risco, porém “um jogador melhor e mais informado está num nível diferente”.

“Ficarei muito preocupado se dermos informações tão precisas tão precisas que condicionam o talento e a tomada de decisão. Acho que não vai acontecer”, descansa os futeboleiros mais preocupados.

O jornalista cético insiste e pergunta se não há menos génios agora. Este senhor jogou com Denilson no Betis. Não teria uma vida mais complicada o canhoto diabólico com tantos dados à disposição e treinadores que têm sempre a tentação para derivar para mandatos autoritários? “Em nenhuma situação o Denilson estaria tramado, a qualidade dele sobrepunha-se a isso tudo.”

Okay, okay, mas e os Denilsons que estão a aparecer na formação? “É esse o foco [da conversa]”, concede. “Na formação devemos libertar os miúdos para realmente tirarem proveito daquilo que conhecem, com algumas indicações, precisas e importantes para o desenvolvimento deles, mas é preciso dar-lhes liberdade para se conhecerem e conhecerem os outros e o mundo onde estão.” E sorri.

João Tomás é um espírito desassossegado. O doutoramento em Ciências do Desporto poderá abrir portas para o futebol. Não quer ser treinador, não gosta do treino. Deixa-se seduzir mais pela gestão desportiva. Também aprecia a vida académica. “Acho que se têm de fundir”, diz, como se fosse uma pista para o futuro.


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