
Itália vai permitir entrada legal de 255 equatorianos para trabalho temporário
Os governos de Itália e do Equador apresentaram esta segunda-feira um programa de migração circular, prevendo a contratação de 255 equatorianos, por períodos até um ano, por empresas do país europeu.
O programa de migração circular com Itália é semelhante ao que o Equador mantém com Espanha há vários anos, através do qual centenas de equatorianos entram no país europeu para trabalhar temporariamente em empresas agrícolas e outras, com o compromisso de regressar ao seu país.
Uma vez de regresso ao Equador, os beneficiários podem candidatar-se a novos empregos oferecidos pelo programa em Itália, a fim de promover uma migração “transparente e ordenada” e gerar rendimentos para as famílias equatorianas.
Em Itália, as 255 vagas de emprego temporário em empresas serão para profissionais das áreas da saúde e mecânica industrial.
O processo de seleção já começou e serão escolhidos aqueles que correspondam ao perfil e aprendam italiano com o apoio da Embaixada de Itália.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Equador, Gabriela Sommerfeld, especificou durante a apresentação do programa que o primeiro grupo será de profissionais de enfermagem.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Equador afirmou que a migração circular promove uma migração “transparente e ordenada”, pelo que, com este programa, os equatorianos “poderão aceder a vagas de emprego formais em Itália num quadro regulamentado e transparente que promove o trabalho digno e garante todos os seus direitos laborais”.
“Enquanto combatemos a migração irregular, criamos e trabalhamos para garantir oportunidades aos equatorianos que desejam sonhar com algo diferente, mas de forma ordenada, para viajar”, enfatizou.
O embaixador italiano, Giovanni Davoli, explicou que o seu país emite um decreto a cada três anos para “organizar o fluxo de trabalhadores imigrantes”, com uma dúzia de países prioritários, incluindo o Equador, o primeiro país latino-americano contemplado.
Davoli afirmou que os equatorianos em Itália “sentem-se acolhidos, são aceites pela sua atitude respeitosa; apreciados pela sua ética de trabalho; valorizados pelos seus valores comunitários e familiares; e admirados por incorporarem princípios que os italianos também praticam ou, pelo menos, compreendem bem”.






