Atualidade

Guia para uma semana de trabalho de quatro dias

Publicidade - continue a ler a seguir

Ser feliz no tempo livre ou trabalhar arduamente por uma carreira profissional de sucesso? É a pergunta que tantos fazem todos os dias. Jared Lindzon, jornalista que trabalha para o The Globe and Mail, e Joe O’Connor, diretor-executivo do Work Time Revolution, escreveram um livro que incentiva a escolha por uma semana de trabalho de quatro dias e apresentaram-no esta quarta-feira na Web Summit Lisboa.

Nos 20 minutos que tinham disponíveis, apresentaram inúmeros exemplos que adotaram tal modelo e dos benefícios que tanto as empresas como os trabalhadores puderam experienciar. “Não há uma boa razão para a semana de trabalho ter cinco dias; não é apoiado pela ciência, por alguma sabedoria antiga ou por um decreto divino.” Ambos defendem que é necessário repensar o modelo em que assentam as sociedades ocidentais – já que ninguém conduziu uma “análise objetiva para determinar quantos dias deve a humanidade trabalhar e quantos deve descansar”.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

Numa viagem pela história do mundo do trabalho, Jared e Joe recordaram a esmagadora maioria do tempo na Terra em que foi regra trabalhar 15 horas por dia. “Doesn’t that sound nice?’” (Não soa bem?), questionam ironicamente.

Publicidade - continue a ler a seguir

“A Revolução Industrial mudou o trabalho para algo muito mais rígido e robótico.” Passando pela altura em que não havia dias de descanso ao fim-de-semana ou férias – e por protestos de trabalhadores em vários pontos do globo -, chegamos ao século XIX e à conquista das paragens ao domingo (pedidas por cristãos, pelo dia sagrado) e ao sábado (pedidas pelos judeus).

Açores testam semana de quatro dias na administração pública em janeiro

“Se a história serve de guia, a classe política só vai corrigir as leis quando a prática fora adotada pela maioria do setor privado.”

Com a inteligência artificial a florescer cada vez mais rapidamente nas sociedades modernas, os autores apelam a que a definição de produtividade seja corrigida: “Se fizermos as coisas mais rápido e de forma mais eficiente, ser-nos-á dado mais trabalho para preencher essas horas que poupámos à empresa” – havendo por isso, dizem, um incentivo à lentidão no mundo laboral atual.

Jared Lindzon e Joe O’Connor chamam-lhe um “teatro de produtividade” em que muitos trabalhadores passam horas a “parecer ocupados no trabalho” sem necessidade. Afinal, podiam estar em casa a recuperar forças e a melhorar a saúde mental.

Na nova equação de produtividade, Jared e Joe sublinham que se deve ter em conta não só o trabalho efetivamente cumprido, mas também a criatividade, a adaptabilidade, o pensamento crítico e a qualidade do exercício físico que se vai fazendo, a nutrição, o sono ou a capacidade de descanso. “Se dermos a alguém 40 horas para completar uma série de tarefas, essa pessoa vai tê-las prontas em 40 horas” – por isso, argumentam, é tudo uma questão de ajustar objetivos.

O livro “Do more in four: Why it’s time for a shorter workweek” é lançado em Janeiro.


Source link

Publicidade - continue a ler a seguir

Seja membro da PortalEnf 




[easy-profiles template="roundcolor" align="center" nospace="no" cta="no" cta_vertical="no" cta_number="no" profiles_all_networks="no"]

Portalenf Comunidade de Saúde

A PortalEnf é um Portal de Saúde on-line que tem por objectivo divulgar tutoriais e notícias sobre a Saúde e a Enfermagem de forma a promover o conhecimento entre os seus membros.

Deixe um comentário

Publicidade - continue a ler a seguir
Botão Voltar ao Topo