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“Falha grave” na comunicação leva à demissão de administração do Amadora-Sintra

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O presidente do conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra, Carlos Sá, demitiu-se. A informação foi, esta segunda-feira, veiculada pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que garantiu aos jornalistas ter aceitado a decisão da administração daquela unidade hospitalar.

A demissão surge após a morte de uma grávida e do seu bebé, na madrugada de sexta-feira, depois desta ter recorrido às urgências daquele hospital.

Começando por dizer que lamenta “a morte desta senhora e do seu bebé”, Ana Paula Martins reitera que se trata de uma “situação muito sensível” e que “tem de merecer a todos uma grande consternação”. Inquirida sobre os detalhes que deu sobre o caso no debate do orçamento, no Parlamento, a ministra assegura que, na altura, não tinha a “informação total” sobre o caso desta mulher. Ou seja, quando falou aos deputados, na sexta-feira, não tinha indicação de que a informação de que dispunha “era incompleta”. Na altura, recorde-se, Ana Paula Martins garantiu que a grávida em questão não estaria a ser acompanhada pelo Serviço Nacional de Saúde, situação que foi, no entretanto, desmentida.

“A grávida tinha, efetivamente, tido consultas de vigilância nos cuidados de saúde primários daquela mesma ULS”, admitiu a ministra, explicando que foi essa “falha de informação considerada grave” que levou o presidente do conselho de administração do Amadora-Sintra a colocar “o seu lugar à disposição”. “E eu aceitei. É tudo o que tenho para vos dizer”.

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“A informação que obtive por parte da unidade local de saúde que tem o Hospital Fernando da Fonseca foi uma informação que não me foi só dada a mim, foi dada a todos os portugueses através da comunicação social”, defende Ana Paula Martins, garantindo ter “muito cuidado com as informações clínicas”. “Não compete à ministra da Saúde estar a comentar casos clínicos mas, neste caso, tendo em conta a situação, não podia deixar de dar a informação”, acrescenta.

A indicação só chegou no domingo, pelo presidente do conselho de administração da unidade local de saúde, que, ontem, a informou “de que uma parte da informação que tinha sido dado era incompleta”. “Ou seja, que a informação que eu tinha veiculado e que me tinha sido dada não era a informação total”, repete, escusando-se a responder a quaisquer perguntas dos jornalistas.

Em comunicado, assinado por Carlos Sá, confirma-se que a informação reproduzida pela ministra em audição parlamentar corresponde “integralmente” aos dados de que “dispunha no momento da comunicação”.

“Informações adicionais vieram a ser conhecidas apenas em momento posterior”, admite o responsável, que acredita que a “responsabilidade política e pública é pessoal e indelegável” e que, por isso, “decidiu colocar à consideração” da ministra a sua “continuidade em funções”, como compromisso com “os princípios da ética, rigor e serviço público”.

[Notícia atualizada às 12h12 de 3 de novembro de 2025 para acrescentar detalhes do comunicado assinado por Carlos Sá]


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