
Em defesa do Serviço Nacional de Saúde – Todos à marcha!
São mais de 19 000 utentes sem médico de família, num concelho em que nos últimos dez anos fecharam três centros de saúde e encerraram serviços essenciais no Hospital do Barreiro – o serviço de urgência de cardiologia, o fecho rotativo da pediatria e do serviço de urgência obstétrica, ginecológica e do bloco de partos.
Temos de recuar muitas décadas para voltar ao tempo em que não se nascia no Hospital do Barreiro ou em que as mulheres grávidas e as suas famílias eram obrigadas a deslocar-se quilómetros e quilómetros para terem os seus bebés.
Nenhuma culpa existe sem responsáveis: este é o resultado de uma política de desvalorização do Serviço Nacional de Saúde e dos seus profissionais, encabeçada à vez por Governos PSD/CDS e PS, com a qual CH e IL concordam e que até gostariam que fosse mais longe. O resultado é sentido: falta de médicos e enfermeiros de família, falta de especialistas, utentes sem acompanhamento regular e sobrecarga crescente das equipas e dos serviços.
A aposta é a privatização dos cuidados de saúde, o reforço do negócio privado da doença, apesar da falácia do maior orçamento de sempre para a saúde. A receita é simples: enfraquece-se o serviço público criando as condições para o florescimento de clínicas e hospitais privados.
A CDU tem denunciado, de forma consequente e sucessiva, esta realidade, reivindicando e propondo medidas concretas de investimento efetivo no serviço público de saúde, valorização das carreiras e das condições de trabalho dos profissionais de saúde, melhoria das infraestruturas dos centros de saúde e do hospital do Barreiro, defesa do caráter público, universal e gratuito do SNS.
Recusamos que a saúde seja tratada como um negócio! Não aceitamos que nos imponham um retrocesso de décadas no acesso à saúde.
A mobilização de todos os utentes em torno dos seus direitos é fundamental para travar o caminho de ataque ao Serviço Nacional de Saúde, para reverter a política de despojamento dos serviços públicos de saúde. É, por isso, essencial que todos marquemos presença na Marcha pela Saúde, convocada pela União de Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN e as Comissões de Utentes, no próximo dia 22 de novembro, sábado, às 10h00, com partida na Baixa da Banheira e chegada ao Hospital do Barreiro.
Esta marcha é a expressão da luta e da determinação das populações e profissionais que não aceitam a degradação dos serviços públicos nos seus concelhos. O Barreiro tem uma longa história de luta em defesa dos direitos das populações. Hoje, como sempre, é essa força que se ergue para afirmar: a saúde é um direito, não pode ser um negócio!
Estejamos todos presentes para defender o direito à saúde no Barreiro: todos à Marcha pela Saúde, dia 22 de novembro!




