
Cova da Beira.
O Serviço de Medicina Reprodutiva da ULS da Cova da Beira assinala este domingo 15 anos de atividade, um percurso que já resultou no nascimento de mais de 220 bebés. Trata-se da única estrutura do setor público localizada no interior de Portugal com capacidade para oferecer uma resposta completa e integrada em todas as valências da Procriação Medicamente Assistida (PMA). “O balanço é claramente positivo. Foi um longo percurso, que exigiu empenho, visão e a colaboração de inúmeros profissionais e instituições. Hoje, orgulhamo-nos de ser um centro de referência nacional e um polo formativo de excelência”, destacou o diretor do serviço, António Hélio Oliani.
Instalado na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, o Serviço de Medicina Reprodutiva da ULS da Cova da Beira conta com uma equipa multidisciplinar composta por médicos, embriologistas, enfermeiros, técnicos e psicólogos, apoiados pelos serviços de Urologia e Anestesia da unidade hospitalar. Segundo dados da ULS, o serviço realiza, em média, cerca de 3.000 atos clínicos por ano, totalizando aproximadamente 40.000 procedimentos ao longo dos 15 anos de existência — entre consultas, exames e tratamentos. Os casais acompanhados provêm de todo o país, incluindo cidadãos estrangeiros com número de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Entre as técnicas realizadas destacam-se a Fertilização in Vitro (FIV), a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI), a Inseminação Intrauterina (IIU) e a criopreservação de gâmetas e embriões — “intervenções de elevada complexidade que o serviço executa com reconhecida qualidade e eficácia”, refere a instituição. Para além do impacto direto nas famílias, o serviço desempenha também um papel relevante na formação e na investigação científica, acolhendo médicos internos e biólogos de todo o país e do estrangeiro, além de participar em múltiplos projetos de investigação nacionais e internacionais.
A ULS da Cova da Beira sublinha ainda que o serviço apresenta “tempos de resposta muito abaixo da média nacional”, garantindo “um acesso célere, justo e equitativo aos cuidados de saúde reprodutiva”, demonstrando que “a melhor medicina também se faz no interior”.
António Hélio Oliani, que dirige o serviço desde a sua fundação, deixou uma mensagem de esperança às famílias: “A principal mensagem é que nunca desistam do sonho. Aqui encontrarão uma equipa dedicada, competente e acolhedora, pronta para vos ajudar.”
SO/LUSA
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