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“Ambulância não é bloco de partos”. Técnicos do INEM alertam para riscos nos partos em ambulâncias

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O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) avisa que o sistema de socorro “está em falha”, depois de conhecido o caso de mais uma grávida que teve o bebé numa ambulância.

De acordo com o jornal Correio da Manhã, o caso ocorreu na passada sexta-feira: uma mulher com 40 semanas de gestação teve de realizar o parto numa ambulância do INEM, a caminho do Hospital de Portimão. Versão já confirmada pela Renascença.

O socorro foi pedido à base local do INEM de Loulé, mas o facto de a urgência de obstetrícia de Faro estar encerrada nesse dia, obrigou ao encaminhamento para Portimão. O parto acabou por acontecer na A22.

Rui Lázaro, presidente do STEPH, lamenta o sucedido e, apesar de ilibar o INEM de possíveis responsabilidades, critica a falta de organização do sistema de saúde. “Esta mulher teve a assistência possível dentro das limitações do sistema. Não houve falhas individuais, nem do INEM, mas sim uma fragilidade estrutural que se tem vindo a agravar”, afirma.

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Nas últimas semanas têm-se multiplicado casos de mulheres grávidas obrigadas a percorrer longas distâncias para ter os filhos o que, para o STEPH, representa “um risco acrescido para mães e para bebés”.

“Isto sobrecarrega os meios de emergência e coloca-nos em situações para as quais não temos as mesmas condições, nem a preparação que uma equipa hospitalar”, sublinha Rui Lázaro.

O dirigente lembra que, apesar de os técnicos de emergência estarem treinados para responder a situações imprevistas, há limites para a atuar em contexto pré-hospitalar.

Questionado sobre a responsabilidade em caso de complicações, Rui Lázaro sai em defesa dos técnicos e sublinha que “essa responsabilidade é do sistema organizacional que permite que estas situações se multipliquem. As equipas fazem o melhor que podem, mas não podem substituir um serviço de urgência especializado… uma ambulância não é um bloco de partos.”

“Temos cada vez mais colegas a relatar situações semelhantes. E não vemos melhorias. Pelo contrário”, conclui.


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