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Um em cada três portugueses sofre de ansiedade, burnout, ataques de pânico ou depressão

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Um em cada três portugueses sofre de ansiedade, burnout, ataques de pânico ou depressão e só 17% têm apoio profissional, indica um estudo divulgado esta quinta-feira. São os jovens adultos e as mulheres que mais relatam sintomas do foro mental.

A 2.ª edição do Estudo Nacional de Saúde – Estado de Saúde Geral da População Portuguesa, desenvolvido pela Marktest para a Medicare, mostra que a saúde mental continua a ser um desafio e afeta os portugueses de forma muito diferente em função da idade e do géneros.

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Na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro, este estudo revela que 34,6% dos portugueses entre os 18 e os 64 anos sofreram, nos últimos 12 meses, sintomas do foro mental.

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Tal como aconteceu na edição de 2023, há uma incidência acima da média global nos jovens adultos: 49,8% entre os 18 e os 24 anos, e 41,7% entre os 25 e os 34 anos.

Pedro Morgado, coordenador de saúde mental do norte, diz que a boa notícia é que, “apesar de ainda ser elevada percentagem de pessoas que experiencia sintomas de doença psiquiátrica, houve uma redução: na população em geral a percentagem desce de 39,5% para 34,6%, este ano, e nos mais jovens a diminuição é muito expressiva. Nos grupo entre os 18 e os 24 anos tínhamos valores de 63,6%, no ano anterior, que baixam para cerca de 50% em 2024, o que coloca o nosso país mais próximo daquilo que são as médias europeias e os dados internacionais”.

Só uma minoria recebe acompanhamento

Pela negativa, este estudo conclui que há ainda um grande fosso entre a necessidade de apoio psicológico e psiquiátrico e o acompanhamento efetivo. Apesar de 30% dos portugueses sentirem necessidade de recorrer a um especialista em saúde mental, só 17% tiveram acompanhamento efetivo.

Pedro Morgado diz que há, de facto, dificuldades de acesso, seja por falta de condições financeiras para recorrer a profissionais no setor privado, porque não têm médico de família ou porque há problemas de referenciação para os serviços de psiquiatria e psicologia.

O especialista alerta que também há dificuldades que estão relacionadas com o estigma, com o medo, e com o desconhecimento acerca daquilo que se faz numa consulta de psiquiatria. E por isso defende que é necessário “promover a literacia do conhecimento acerca dos sintomas que nos devem levar a procurar ajuda profissional, mas também da capacitação da sociedade para lidar com alguns destes sintomas que não necessitam de apoio profissional”.

“É preciso também dizer-se que o experienciar alguns sintomas de ansiedade, o experienciar alguma tristeza não é necessariamente uma razão para procurar um profissional de saúde mental. É preciso que os sintomas tenham uma expressão e um impacto significativo para esse benefício existir”, sublinha.

Mulheres reportam mais problemas de depressão

Este estudo mostra que 41,7% das mulheres reportaram sintomas de ansiedade, burnout e depressão, contra apenas 27% dos homens.

Uma diferença que resulta – na opinião do psiquiatra que coordena a saúde mental do norte – de uma série de de fatores como, por exemplo, “questões biológicas, questões hormonais relacionadas com a própria fase do ciclo de vida em que se encontram as mulheres”.

Em segundo lugar, “questões de organização social, aquilo que nós, enquanto sociedade, exigimos às mulheres é muito maior do que aquilo que esperamos dos homens” .

Mas há também, alerta Pedro Morgado, existe “uma subnotificação e um subdiagnóstico das situações nos homens, precisamente porque também há mais estigma e porque as situações de ansiedade e depressão no homem apresentam-se de uma forma diferente, muito condicionada por aquilo que são os preconceitos sociais e por aquilo que são os papéis de género que normalmente são atribuídos a homens e mulheres”.

O Estudo Nacional de Saúde – Estado de Saúde Geral da População Portuguesa tem por base uma amostra de 953 inquiridos, através de entrevistas online, junto de uma amostra representativa e proporcional ao universo em estudo – portugueses entre os 18 e os 64 anos residentes em Portugal Continental.


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