
Trinta mil aquistas em oito meses. Termas também fazem bem à saúde de Chaves
30.000 termalistas é um número excelente. Há condições para continuar a crescer?
Não queremos ficar por aqui. Sempre que consigamos crescer mantendo a qualidade, esse será o caminho.
Abril beneficiou do fator novidade e da Semana Santa, período de grande impacto em Espanha, quando os espanhóis viajam e procuram novos destinos. Já agosto, mês tradicional de férias e de regresso da diáspora, voltou a impulsionar a procura.
O desafio é gerir o excesso de procura: Tivemos dias em que as pessoas chegaram sem reservas e tivemos de lhes dizer que já não era possível para esse dia. É frustrante para quem viaja quilómetros e não consegue entrar, mas é fundamental garantir qualidade para quem cá está.
Queria deixar também esta mensagem de que nem sempre, nem todos os dias, conseguimos receber toda a gente para garantir a qualidade a quem cá está. As termas não são parques de diversões, uma piscina termal não é uma piscina comum e, portanto, este é um espaço lúdico, sem dúvida que sim, mas um espaço lúdico que é termal, que é de saúde e que é de bem-estar e, isso, implica que tenhamos algum cuidado.
Deixo, por isso, este alerta: sobretudo em períodos festivos ou fins de semana, aconselhamos as pessoas a que nos contactem antes e deixem a reserva feita por diferentes meios. Temos loja online, site, e-mail, telefone e redes sociais. Podem contactar-nos e efetuar o pedido de reserva. Essa é, sim, a garantia de que, quando aqui chegarem, terão o complexo — ou qualquer outro serviço desejado — ao seu dispor, com qualidade.
Qual é o impacto económico e de criação de emprego?
As Termas de Chaves são um importante motor da economia regional, não apenas pela restauração e hotelaria, mas também pela criação de postos de trabalho.
Mais procura significa mais serviços, e isso implica mais trabalhadores. É uma satisfação contribuir para o emprego e para a economia familiar.
Atualmente, as termas empregam cerca de 80 pessoas. A equipa é diversificada: integra trabalhadoras experientes — já menos disponíveis para funções físicas exigentes, mas agora com papéis de apoio e receção — e jovens formados em termalismo, manutenção e vigilância. É uma equipa eclética, com diversidade etária, de género e de formações, o que muito nos orgulha.
Qual é o próximo projeto?
Entre as novidades, está o lançamento de novos produtos da linha de dermocosmética, já com clientes fidelizados em Portugal e no estrangeiro. O desenvolvimento conta com apoio científico da Universidade Católica e do Aquavalor.
Outro projeto, financiado pelo Turismo de Portugal, pretende conciliar termalismo, campismo e aventura. A ideia é integrar numa única plataforma serviços como massagens, estadias no parque de campismo da Quinta do Rebentão, passeios de bicicleta elétrica na ecovia, arborismo e até visitas ao balneário pedagógico de Vidago.
Queremos criar pacotes que agreguem estas experiências, para que quem vem a Chaves possa reservar tudo num só espaço.
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