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SEP Denuncia Falta de Enfermeiros e Acusa Governo de Estrangular Serviços

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O SEP alerta para a falta de 292 profissionais nas ULS de Castelo Branco e Cova da Beira. A sindicalista Conceição Rodrigues acusou o Governo de asfixiar as instituições ao não aprovar os planos de gestão que permitiriam contratações.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) elevou o tom da contestação e trouxe a lume o retrato de uma carência que consideram insustentável: faltam 292 enfermeiros para assegurar um funcionamento minimamente aceitável das unidades locais de Saúde de Castelo Branco e da Cova da Beira. Perante jornalistas, em Castelo Branco, a sindicalista Conceição Rodrigues não se coibiu de apontar o dedo à tutela, acusando o Ministério da Saúde de, na prática, asfixiar as instituições.

Os números, apurados durante uma campanha nacional do SEP nos meses de agosto e setembro, desenham um panorama severo. Na ULS de Castelo Branco, o défice é de 141 enfermeiros. “Temos atualmente 238 enfermeiros, quando deviam estar 379”, afirmou Conceição Rodrigues, membro da direção nacional do sindicato. Um vazio de profissionais que se espalha por diversos serviços, pressionando os que permanecem e, na visão do SEP, comprometendo a qualidade dos cuidados.

A situação na ULS da Cova da Beira não é mais animadora. Ali, a falta é de 151 profissionais, num cenário em que os 253 enfermeiros atuais estão longe dos 404 que seriam necessários. A dirigente sindical lamentou ainda o silêncio das próprias instituições, que, segundo alega, não forneceram oficialmente os dados solicitados pelo SEP, obrigando o sindicato a avançar com os seus próprios apuramentos.

O cerne da questão, sustenta o SEP, reside na falta de instrumentos de gestão. Rodrigues foi perentória: enquanto a tutela não der luz verde aos Planos de Desenvolvimento Organizacional (PDO), as administrações das ULS vêem as suas mãos atadas, impossibilitadas de resolver o problema da carência de efetivos. “Isto não é nada contra as instituições”, esclareceu, num esforço para demarcar as críticas. “É para trabalhar com essas instituições, perante uma tutela que não está a ter as medidas políticas que deve.”

A impaciência do sindicato materializa-se em ações concretas. Perante a falta de resposta da ULS de Castelo Branco a pedidos de reunião feitos a 22 de julho e reiterados a 2 de setembro, o SEP decidiu avançar com assembleias gerais de enfermeiros, acompanhadas de pré-avisos de greve. Na ULS da Cova da Beira, a reunião com a administração está marcada para 22 de outubro, precisamente no mesmo dia em que os enfermeiros de Castelo Branco farão uma paralisação entre as 14h00 e as 18h00. Uma clara demonstração de que o caminho do diálogo, até agora, não tem surtido efeito.

NR/HN/Lusa

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