
Queda abrupta confirma-se. Ensino Superior recebe este ano menos cinco mil alunos
Os resultados da última fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) foram divulgados ao primeiro minuto desta quarta-feira, 1 de outubro, pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), e comprovam a descida abrupta evidenciada logo na fase inicial. Nas três fases, houve 55.292 vagas e ficaram colocados 45.290 estudantes.
Foram admitidos em 2025-2026, no ensino superior público através do concurso nacional de acesso 45.290 estudantes, menos cerca de cinco mil do que no ano passado. Nas três fases, foram postas a concurso 55.292 vagas, sobrando cerca de 10 mil. Veja aqui os resultados FASE3_2025
Os resultados da última fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) foram divulgados ao primeiro minuto desta quarta-feira, 1 de outubro, pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e comprovam a descida abrupta evidenciada logo na primeira fase do concurso.
Os 45.290 novos estudantes admitidos nas universidades e institutos politécnicos comparam com 50.612 no ano passado, isto é, são menos 10% este ano.
As universidades captaram 29.019 estudantes, registando uma taxa de ocupação de 92,8%. Mais uma vez este ano, foi nos institutos politécnicos que ficaram mais vagas por preencher, com uma ocupação de 67,7,2% que corresponde à admissão de 16.271 novos alunos.
As Universidades de Coimbra, Nova de Lisboa, Lisboa, Porto, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e Escola Superior de Enfermagem em Lisboa registam ocupações acima de 95% das vagas disponibilizadas. Em contrapartida, os politécnicos de Tomar, Bragança, Guarda e de Beja registam as taxas de ocupação mais baixas, menos de 40%.
Nesta terceira fase concorreram 3.046 alunos às 6.710 vagas disponibilizadas e foram colocados apenas 801 estudantes, menos do dobro dos do ano passado. Têm até dia 3 de outubro para realizar a sua inscrição e matrícula.
Porque caíram a pique as entradas nas universidades? O Jornal Económico procurou resposta para a pergunta, mal foram conhecidos os resultados da primeira fase do concurso.
Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, antiga ministra da Educação, admite que a reintrodução dos exames no Ensino Secundário pode estar na base da queda do número de estudantes. Pedro Santa Clara, pai do campus da Nova SBE e fundador das Escolas 42 e TUMO, considera que existe um excesso de oferta e desadequação à procura. Já os politécnicos atribuem diminuição de colocados no Ensino Superior ao novo modelo de acesso.