
Prato vegetariano ou “normal”? Escolha das refeições escolares em Lisboa muda em 2026
A Câmara Municipal de Lisboa vai alterar, em 2026, a oferta das refeições escolares.
Os encarregados de educação receberam esta semana um email da plataforma SIGA, onde são feitas as marcações das refeições, informando que, a partir de 1 de janeiro de 2026, a opção vegetariana passa a estar disponível apenas “para os casos em que o regime vegetariano é assumido de forma contínua e estruturada”.
Atualmente, os alunos podem escolher, diariamente, se querem consumir um prato vegetariano ou “normal”.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Na comunicação enviada aos pais, os serviços da autarquia informam que “caso a criança/aluno tenha uma alimentação vegetariana de forma permanente, deverá ser formalizado o respetivo pedido junto da coordenação de estabelecimento”.
“Após validação pela Câmara Municipal de Lisboa, será atribuída a designação de ‘restrição alimentar’, passando a ser fornecido diariamente um prato vegetariano”.
Contactada pela Renascença, fonte da autarquia rejeita que em causa esteja uma “mudança”, mas sim “uma clarificação de regras que já existiam”.
O objetivo é diminuir “fortemente o desperdício alimentar causado pela imprevisibilidade do número de refeições a confecionar em cada dia”.
As alterações não estão a ser bem acolhidas por todos e foi lançada uma petição a pedir a revogação desta decisão. Em cerca de 24 horas, já foi assinada por mais de mil pessoas.
A petição considera esta decisão “inaceitável” e “um retrocesso nas políticas de sustentabilidade, liberdade de escolha e educação alimentar”.
“Muitos encarregados de educação e alunos escolhem refeições vegetarianas por motivos de saúde, ambientais, éticos ou de preferência pessoal, e não é aceitável que a CML dificulte o acesso a essa escolha”, lê-se no texto da petição.
Source link