
Portugal consome tabaco tradicional acima da média mundial e tem baixo uso de cigarros eletrónicos
Portugal regista uma das taxas mais baixas de utilização de cigarros eletrónicos no mundo, com 1% dos adultos a reportarem consumo, enquanto o uso do tabaco convencional é superior à média, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Portugal está entre os países com menor prevalência de uso de cigarros eletrónicos entre os adultos e, por outro lado, a prevalência do consumo de cigarros eletrónicos de jovens dos 13 e 15 anos sobre para 5%, lê-se no “Relatório Global da OMS sobre as Tendências da Prevalência do Tabaco 2000-2004 e Projeções 2025-2030”. Ainda assim Portugal fica abaixo da média mundial (7,2%).
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
A organização alerta para aumento do uso de cigarros eletrónicos entre adolescentes, estimando que pelo menos 15 milhões de jovens entre os 13 e os 15 anos fumam esses dispositivos em todo mundo.
De acordo com o novo relatório da OMS sobre a utilização do tabaco, o risco de os jovens começarem a fumar é nove vezes superior ao dos adultos. “Os cigarros eletrónicos estão a alimentar uma nova onda de dependência da nicotina”, advertiu o diretor do Departamento de Controle de Doenças Crónicas e de Prevenção da Violência e dos Traumatismos da OMS, Etienne Krug, durante a apresentação do relatório em Genebra, na Suíça
A OMS recorda, no entanto, que Portugal mantém uma taxa de consumo de tabaco convencional superior à média mundial (19,5%), atingindo 28,6% da população. Entre os homens, a taxa é de 34,8%, e entre as mulheres, 22,5% — valor quase quatro vezes superior à média global feminina.
Em termos mundiais, a descida tem sido mais acentuada entre as mulheres, cuja taxa de consumo caiu de 16,5% (registada em 2000) para 6,6% em 25 anos. Entre os homens, a redução foi menos expressiva, passando de 49,8% para 32,5% no mesmo período.
Por sua vez, entre os 85 países analisados, as taxas mais elevadas de utilização de cigarros eletrónicos foram observadas na Sérvia (18,4%), Luxemburgo (17%) e Nova Zelândia (14%). Já no extremo oposto, países africanos e asiáticos, como o Uganda, registaram valores residuais, inferiores a 0,1%.
Source link