
ONU confirma 103 civis mortos no Líbano desde o cessar-fogo
As Nações Unidas confirmaram esta quarta-feira a morte de 103 civis no Líbano desde o cessar-fogo, em novembro do ano passado, no conflito entre Israel e movimento xiita Hezbollah, ao mesmo tempo que apelam ao fim imediato das hostilidades.
“Ainda hoje assistimos às consequências devastadoras dos ataques aéreos e de drones contra áreas residenciais e perto das forças de paz da ONU no sul [do Líbano]”, alertou o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, em comunicado.
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Não foram confirmadas, no entanto, mortes resultantes de projéteis disparados do Líbano contra Israel desde o cessar-fogo, segundo o alto-comissário da ONU, quando 80 mil pessoas continuam deslocadas em território libanês e 30 mil em zonas do norte de Israel, em resultado da violência.
De acordo com Turk, centenas de escolas, centros de saúde, locais religiosos e outros edifícios civis danificados permanecem em áreas onde o acesso é impossível ou apenas parcialmente utilizável.
O alto-comissário pediu por outro lado uma investigação independente a incidentes relacionados com a violência pós-trégua, como o bombardeamento israelita que fez cinco mortos, três dos quais crianças, em 21 de setembro no Líbano.
Este “perigo real e presente” significa que “as famílias simplesmente ainda não conseguem começar a reconstruir as suas casas ou as suas vidas”, acrescentou.
A par do Hamas na Palestina e dos Huthis do Iémen, o Hezbollah constitui o chamado eixo da resistência apoiado pelo Irão, e que se envolveu em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.
Desde o cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024, o Estado libanês tem procurado concentrar todas as armas no país nas mãos das forças de segurança oficiais, o que implica desarmar o Hezbollah até ao fim do ano, contra a sua vontade.
Ao mesmo tempo, o Exército libanês foi destacado para o sul do país, numa região de influência do Hezbollah e junto da fronteira com Israel, em apoio à missão das Nações Unidas (FINUL), que terminará o seu mandato em 2026, após quase cinco décadas no terreno.
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