
Myanmar. Guterres critica junta militar e pede esforço para acabar com a violência

O secretário geral da ONU apelou esta segunda-feira ao fim da impunidade do governo militar de Myanmar.
Numa conferência em Kuala Lumpur, na Malásia, António Guterres recorda os bombardeamentos em aldeias, que já causaram milhares de mortos e milhões de deslocados desde o golpe de estado de 2021.
O governo militar da antiga Birmânia marcou eleições para dezembro, mas Guterres duvida da legitimidade do ato eleitoral.
“Não creio que alguém acredite que as eleições serão livres e não creio que alguém acredite que isso contribuirá para a solução dos problemas de Myanmar”, afirmou o secretário-geral.
António Guterres considera que a prioridade deve ser a criação de um plano de normalização democrática do país: “Penso que este é o momento em que precisamos de intensificar os esforços para pôr fim à violência e, ao mesmo tempo, abrir caminho para a evolução política e ao respeito pela forma constitucional do governo.”
Nesta confência na Malásia, António Guterres defendeu a abertura de canais humanitários em Myanmar e expressou apoio à população.
Golpe militar de 2021
O golpe de Estado militar de 2021 pôs termo a uma década de transição democrática do país asiático e aprofundou a guerra de guerrilha que dura há décadas no país. A líder do governo deposto e Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, hoje com 80 anos, encontra-se a a cumprir uma pena de prisão de 33 anos por crimes de corrupção.
Em abril de 2024 foi noticiada a sua transferência para prisão domiciliária, por razões de saúde, mas a informação não foi verificada de forma independente.
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