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Marrocos, entre a magia do futebol e as fissuras na sociedade: “Os estádios estão aqui, onde estão os hospitais?”

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“Os estádios estão aqui, mas onde estão os hospitais?”, cantam. Um dos rastilhos terá sido a morte de oito grávidas, um capítulo que terá ocorrido dias depois da inauguração das obras de requalificação do estádio Príncipe Moulay Abdellah, em Rabat.

Os protestos têm subido de tom e alastram-se a outras geografias e latitudes, como Madagáscar, Indonésia, Nepal e Peru. Em Marrocos, registaram-se as primeiras mortes de protestantes no início do mês e os feridos e as detenções são às centenas. As manifestações violentas começaram em setembro.

O movimento online está definitivamente nas ruas e não desdenha a violência, pouco amolecido pelas façanhas e obras das suas seleções de futebol. A luta visa a corrupção no país e, entre outros, o melhoramento dos sistemas de saúde e educação, mas também na habitação e emprego. Há relatos, numa reportagem da BBC, que revelam que é necessário subornos a seguranças e enfermeiras para os doentes serem vistos por médicos.

“Invistam em cérebros, não apenas em jogos”, podia ler-se recentemente num cartaz, em Casablanca, em mais um ajuntamento do grupo “GenZ212”, uma referência ao indicativo telefónico do país.

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Apesar de ter um parlamento, Marrocos é uma monarquia que belisca os princípios da liberdade individual. De acordo com a Freedom House, é “parcialmente livre” quanto a liberdade no dia a dia e na internet. Segundo a Repórteres Sem Fronteiras, os jornalistas sofrem uma “pressão contínua” e o Estado tenta controlar a comunicação social.

“O Famalicão vai ganhar muito dinheiro com aquele jogador”

Regressamos ao futebol. Hassan, que marcou um golo à Holanda no Mundial de 1994, considera que a sua seleção devia ter alcançado a final de Doha, pois foi “massacrada pela arbitragem”. Porém, agora o país está feliz com os sub-20, que bateram a França na meia-final, vingando o que se passou no Qatar.

Yassir Zabiri, do Famalicão, andou nas bocas do mundo por causa de uma panenkada. “O Famalicão vai ganhar muito dinheiro com aquele jogador. Agora todos os clubes estão atrás dele…”.

Hassan está bem-disposto. Ri-se muitíssimo quando este jornalista lhe conta que ficou com dores de cabeça no Estádio Al Thumama, em Doha, quando testemunhou a queda de Cristiano e companhia contra Azzedine Ounahi e tantos outros maravilhosos futebolistas. A energia dos jogadores e dos adeptos, que assobiavam como leões, foi especial.

“Então viste os adeptos… Agora tens de assistir um dia a um jogo do Wydad Casablanca. Vai haver dérbi agora com o Raja, no dia 29”, convida. Nader é dirigente do Wydad, que esteve no Mundial de Clubes, onde defrontou Juventus e Manchester City.


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