
Israel mata 110 pessoas em Gaza em retaliação por morte de soldado
Israel voltou esta quarta-feira a atacar a Faixa de Gaza, com “ataques direcionados” a terem feito pelo menos 110 vítimas mortais desde ontem, incluindo 46 crianças, segundo autoridades de saúde palestinianas.
Ainda assim, e apesar da retaliação pela morte de um soldado em Gaza na terça-feira, o exército israelita indicou que mantém-se comprometido com o acordo de cessar-fogo em Gaza assinado com os Estados Unidos.
Os ataques desta quarta-feira, refere o exército, tiveram como alvo um alegado depósito de armas no norte da Faixa de Gaza, com o objetivo de “eliminar uma ameaça de ataque terrorista” no território palestiniano.
“O Exército realizou um ataque preciso na zona de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, visando uma infraestrutura terrorista onde estavam armazenadas armas e meios aéreos, destinadas a serem utilizadas num iminente ataque terrorista contra soldados israelitas e o Estado de Israel”, indica em comunicado, referindo que foi retomado o cessar-fogo na região, iniciado a 10 de outubro.
Ao todo, segundo os hospitais e Defesa Civil do território do Hamas, morreram 110 pessoas, “incluindo dezenas de crianças”.
Israel acusou o Hamas de violar o cessar-fogo e de abater um soldado israelita na terça-feira em Rafah, algo que o Hamas nega.
Esta quarta-feira, o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana alertou esta quarta-feira que a Faixa de Gaza corre o risco de mergulhar no caos e lamentou a demora na obtenção de um consenso que permita à entidade gerir o território.
Em comunicado divulgado pelo seu gabinete, Mohamed Mustafá sustentou que o “elevado preço” pago pela população da Faixa de Gaza “não deve terminar em caos ou em acordos que consolidem o `status quo`” no enclave palestiniano.
O dirigente das autoridades de Ramallah, que falava no início de uma reunião do conselho de ministros, advertiu também que a causa palestiniana não deve ser reduzida a uma “mera questão humanitária”.
Nesse sentido, insistiu na necessidade de uma posição nacional palestiniana que confronte as políticas de ocupação de Israel e permita ao Governo “assumir o seu papel no terreno em Gaza”.
As declarações de Mustafa surgem um dia depois de Israel ter bombardeado a Faixa de Gaza, sob a justificação de que o grupo islamita palestiniano Hamas violou o acordo de cessar-fogo, em vigor no território desde 10 de outubro.
“Durante a sessão, o executivo apelou à comunidade internacional para que interceda junto de Israel, a potência ocupante, para que cesse os seus ataques em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém”, afirma ainda o comunicado, que não faz referência à última vaga de bombardeamentos israelitas.
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