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Greve de enfermeiros paralisa centenas de serviços de saúde

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Centenas de serviços de saúde ficaram paralisados esta sexta-feira devido à greve dos enfermeiros. O protesto, que juntou centenas de profissionais em Lisboa, contestou a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho do Governo, acusada de impor mais horas de trabalho com menor rendimento

A greve dos enfermeiros paralisou esta sexta-feira centenas de serviços de saúde em Portugal, num protesto que juntou centenas de profissionais à porta do Ministério da Saúde e que visou a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho do Governo. A contestação, que se fez sentir de norte a sul do país, levou à entrega de uma moção subscrita por mais de onze mil subscritores.

José Carlos Martins (na imagem), presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), foi perentório ao descrever o cenário de paralisação. “Temos centenas de serviços a 100% de adesão dos enfermeiros. Assumimos os serviços mínimos que estão legalmente fixados, temos centenas de unidades e centros de saúde abertos, mas sem enfermeiros”, afirmou, deixando claro o desagrado face a uma ideia de “trabalharmos mais horas e levarmos menos rendimento”. O impacto, segundo o sindicalista, foi particularmente visível na cirurgia programada e nas consultas externas, apesar de esforços de reprogramação para mitigar prejuízos aos cidadãos.

O cerne do descontentamento prende-se com as alterações propostas no regime laboral. Martins apontou o dedo à exigência de 60 horas de trabalho semanal, um aumento que surge, na sua opinião, no pior momento possível, dado o cenário de “brutal carência de enfermeiros” no Serviço Nacional de Saúde. A estas horas acresce, segundo a sua exposição, a intenção de cortar nos complementos salariais pelo trabalho noturno, de fim-de-semana e extraordinário. E, como se isso não bastasse, o acordo em cima da mesa retiraria regras de progressão na carreira aos enfermeiros mais jovens, um ponto que o líder sindical lamentou de forma particular.

O protesto junto ao Ministério da Saúde, que pelas 11:30 reunia cerca de meio milhar de profissionais, serviu também para sublinhar a rutura no diálogo. José Carlos Martins deixou claro que, até ao momento, “não está nenhuma reunião agendada pelo Ministério da Saúde com nenhum sindicato”, augurando um prolongamento do conflito caso a posição governamental se mantenha inalterada. O mal-estar parece, assim, longe de uma resolução.

NR/HN/Lusa

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