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Greve da Função Pública ameaça escolas, hospitais e recolha do lixo

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A greve nacional da Administração Pública, convocada pela Frente Comum, está hoje a afetar escolas, hospitais, transportes públicos, tribunais e repartições de Finanças em todo o país. À paralisação juntaram-se também médicos, enfermeiros e professores, num protesto que pretende travar o desinvestimento nos serviços públicos e exigir aumentos salariais mais significativos.

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) marcou igualmente uma greve para esta sexta-feira, acusando a ministra da Saúde de “recusar negociar verdadeiramente” a carreira médica. Os enfermeiros reivindicam um acordo coletivo “sem retrocessos” e a defesa de um Serviço Nacional de Saúde “com todas as portas abertas”. Já os professores e investigadores, através da FENPROF, aderem à paralisação para exigir melhores condições salariais e a valorização da escola pública e da ciência.

Recolha de lixo parou em vários concelhos

Durante a noite de quarta-feira, a greve já se fez sentir na recolha do lixo em vários concelhos, com contentores cheios em Loures, Moita, Palmela e Seixal. O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) reporta adesões próximas dos 95% em Vila Franca de Xira, 90% na Amadora e 80% em Évora. Também em Lisboa, Sintra, Almada e Funchal, os serviços de higiene urbana ficaram seriamente afetados.

Segundo o STAL, estas primeiras horas da paralisação confirmam “um descontentamento profundo” entre os trabalhadores da Administração Local e das empresas municipais, em particular nos setores da recolha de resíduos e limpeza urbana.

Governo acusado de “política de empobrecimento”

A greve foi convocada contra aquilo que os sindicatos descrevem como uma “política de empobrecimento” do Governo PSD-CDS, apoiada pelo Chega e pela Iniciativa Liberal e com a “conivência” do PS. O coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, afirmou em conferência de imprensa que o Executivo “está a comprar conflito social” ao manter um Orçamento do Estado que “degrada as condições de trabalho e desinveste nos serviços públicos”.

O dirigente sindical exige um aumento salarial mínimo de 150 euros — cerca de 15% — e acusa o Governo de não ter “vontade política” para alterar prioridades orçamentais. “Há margem. O que não há é vontade”, disse.

Aumentos salariais abaixo das expectativas

A proposta de Orçamento do Estado para 2026 prevê aumentos de 56,58 euros (2,15%) para a função pública, valor considerado insuficiente pelos sindicatos. A base remuneratória deverá subir para 934,99 euros, com progressões e promoções incluídas, num total de 1.248 milhões de euros em despesas com pessoal. A Frente Comum considera, porém, que o pacote de reforma laboral apresentado pelo Governo é “vergonhoso” e representa uma “terraplanagem dos serviços públicos”.

Uma paralisação com peso político

O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, estará ao final da manhã no Hospital de São João, no Porto, para apoiar os trabalhadores da saúde. O sindicalista já advertiu que, se o Governo não recuar, poderá ser convocada uma greve geral.

A Frente Comum, que reúne 29 sindicatos de todos os setores do Estado, fala numa “grande greve” e garante que a mobilização de hoje é um aviso ao Governo. “São 760 mil trabalhadores que sustentam os serviços públicos e não podem ser ignorados”, sublinhou Sebastião Santana.

Fonte: Lifestyle Sapo

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