
“Fim ao genocídio”. Milhares de pessoas marcharam em Lisboa por uma Palestina livre
Ali ao lado, a enfermeira Rita Costa diz, à Renascença, que esteve na Faixa de Gaza por duas vezes, numa missão com os Médicos Sem Fronteiras. Admite que lhe é difícil descrever o que viu e o que sentiu.
“Da primeira vez para a segunda eu não consegui reconhecer onde já tinha estado antes. A destruição é total. Quase não existem edifícios que estejam de pé. Há muitas pessoas que têm de recuperar das suas doenças provocadas pela guerra e pela falta de cuidados de saúde. Mulheres grávidas tiveram de ter o seu parto sem condições de segurança. Há muito trabalho para fazer. A situação é, de facto, como eu nunca tinha visto em nenhuma outra parte do mundo”, relata.
Jonathan Bebebgui, do movimento Judeus pela Paz e Justiça, assume-se antissionista e considera que são muitos aqueles que se solidarizam com a Palestina.
“O povo palestiniano continua a ser vítima de um apartheid. Temos de aplicar sanções ao Estado de Israel e exigir o embargo das armas”, afirma.
A Marcha pela Palestina foi uma organização conjunta da Amnistia Internacional Portugal, Fundação José Saramago, Greenpeace Portugal, Médicos Sem Fronteiras Portugal e Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina, com os objetivos, entre outros, de exigir a solução de dois Estados, a entrada imediata de ajuda humanitária em Gaza e responsabilizar Israel.
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