
Enfermeiros contestam proposta de acordo laboral junto ao Ministério da Saúde
Cerca de 100 enfermeiros manifestam-se em Lisboa contra a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusa o Governo de retrocesso e de eliminar direitos. Foi entregue uma moção de repúdio
Cerca de uma centena de enfermeiros concentrou-se esta quinta-feira às portas do Ministério da Saúde, em Lisboa, num protesto que espelha o descontentamento face à proposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pelo Governo. A greve nacional, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), levou os profissionais para a rua, num ambiente de contestação que se fez ouvir através de palavras de ordem e cartazes críticos.
Os manifestantes, empunhando tarjas com mensagens como “Este ACT é um ataque” ou “Trabalhar mais e receber menos”, acusam a proposta de representar um retrocesso inaceitável. O SEP sustenta que o texto do Governo elimina direitos consagrados, cria obstáculos à progressão profissional e põe termo ao regime da jornada contínua como padrão. No entender do sindicato, a estratégia do executivo passa por poupar custos à custa das condições de trabalho dos enfermeiros.
No decurso da concentração, que se desenrolou de forma pacífica mas carregada de emoção, os profissionais preparavam-se para entregar uma moção de repúdio no ministério. O protesto reflete um clima de tensão laboral que parece longe de se esgotar. A classe exige valorização e vê na proposta atual um caminho oposto, cavando um fosso que a greve de hoje veio sublinhar.
NR/HN/Lusa
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