Embaixador de Israel. “Temos medo de que Hamas não cumpra acordo”
Oren Rozenblat fala por todo o país. “Nós estamos satisfeitos por este acordo permitir o regresso de todos os nossos reféns. Para nós isso é o mais importante e por isso estamos felizes”, diz o embaixador israelita em Portugal, a partir de Israel, onde se encontra.
“Nós estamos no tempo de festa [Sukkot, um dos feriados judaicos mais importantes] e queremos estendê-la com o regresso dos nossos reféns”, diz, à Renascença.
Quanto às garantias que Israel pode avançar no sentido de cumprir o entendimento, Rozenblat prefere apontar para os palestinianos. “A minha questão é se os terroristas vão cumprir este acordo. Para nós, nós sempre trabalhamos com este acordo, mas nós temos medo. Estamos satisfeitos, mas não a cem por cento”.
Este é um acordo “que não tem dois lados iguais” explica.
“De um lado está um Estado com a democracia de Israel. Do outro lado, há palestinianos bárbaros e terroristas. Por isso, temos medo de que não cumpram este acordo a cem por cento. Vamos ver. Com terroristas, nunca há cem por cento de certeza que façam o que foi acordado”, defende.
Ainda assim, pensa que “com esta ajuda do Presidente Trump, dos Estados Unidos e de outros países árabes”, este acordo “seja uma realidade”.
Que solução de dois estados seja possível
Depois de salientar que os países árabes também concordaram que o Hamas não pode ser o governo na Faixa de Gaza, por serem terroristas que querem destruir o Estado de Israel”, Oren Rozenblat acredita que, sendo essa a vontade dos palestinianos, será possível a criação do Estado Palestiniano.
“Com certeza, essa é a ideia do Estado de Israel desde o início dos acordos de Oslo. Não queremos ser nós a tratar dos esgotos, saúde ou educação dos palestinianos. Precisamos de que, no futuro, os palestinianos possam decidir viver em paz, lado a lado com Israel”.
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