
Em dia de greve, ministro avisa: tem de se acabar com o aumento de funcionários públicos
Rodrigo Antunes / LUSA
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento
Miranda Sarmento acha que continuar a subir o número de funcionários públicos seria um “erro e desperdício do dinheiro dos portugueses”.
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse nesta sexta-feira que não se pode continuar a aumentar o número de trabalhadores na Administração Pública, defendendo que tal seria um “erro e desperdício do dinheiro dos portugueses”.
“Não podemos continuar a aumentar o número de trabalhadores, se continuarmos a aumentar os trabalhadores na Administração Pública não vamos ter melhores serviços“, considerou o ministro, na audição no parlamento no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2026.
Miranda Sarmento apontou que os funcionários aumentaram em 100 mil e os serviços públicos não ficaram melhores, pelo que “insistir nessa fórmula é um erro e um desperdício do dinheiro dos portugueses”.
O ministro foi também questionado pelo PCP sobre os aumentos para os funcionários públicos, mas o ministro reiterou que estes aumentos não são uma proposta, mas sim um acordo.
“Não propomos esses aumentos, em novembro do ano passado chegámos a acordo com duas das três estruturas para os aumentos salariais entre 2025 e 2028”, existindo assim um “acordo que vigora” e que o Governo “está a cumprir”.
O ministro recordou também a “valorização de 19 carreiras que representam metade da Administração Pública”, apontando que já foram revistas as carreiras de trabalhadores como policias, professores, médicos e enfermeiros.
Esta questão do PCP surge em dia de greve da Frente Comum, que está a ter uma grande adesão, com consequências nos hospitais, nas escolas, nos tribunais ou na recolha do lixo.
A greve da Administração Pública está a registar uma “enorme adesão”, de 90% na saúde e educação, mas também na Justiça e Autoridade Tributária, traduzindo o “sentimento generalizado” dos trabalhadores em “avançarem para a luta”, segundo a CGTP.






