
Consultas, exames ou cirurgias adiadas, escolas que podem não abrir: Tenha atenção às greves de amanhã
Portugal prepara-se para enfrentar já nesta quinta-feira, um dia de fortes perturbações em setores essenciais da administração pública. Estão previstas duas greves importantes: a do pessoal não docente das escolas, convocada pelo STMO, e a greve nacional dos trabalhadores da saúde, convocada pelo STTS. Ambas prometem afetar serviços fundamentais para a população, desde o funcionamento das escolas até consultas, exames e atendimento hospitalar. Vários representantes sindicais alertam para impactos significativos no dia a dia dos cidadãos, sendo recomendada atenção especial a pais, utentes dos serviços de saúde e utilizadores de serviços públicos.
A paralisação do pessoal não docente das escolas envolve profissionais responsáveis por funções essenciais, incluindo portarias, limpeza, refeitórios e apoio administrativo. A greve foi convocada pelo STMO – Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Estado, das Autarquias e de Entidades com Fins Públicos e Sociais, e visa denunciar a falta de funcionários e condições de trabalho inadequadas, que comprometem a qualidade do ensino e o funcionamento normal das escolas. Muitos agrupamentos escolares já alertaram que não podem garantir antecipadamente a abertura das escolas e que estas só abrirão se estiverem reunidas as condições mínimas de segurança, deixando pais e encarregados de educação sem garantias sobre o funcionamento normal das atividades letivas. A paralisação poderá levar ao encerramento de várias escolas e à suspensão de serviços de apoio aos alunos, como refeitórios e transportes escolares, aumentando a pressão sobre os professores e outros profissionais que não participam da greve para manter o funcionamento mínimo.
Simultaneamente, a greve nacional dos trabalhadores da saúde, convocada pelo STTS – Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos, abrange todos os profissionais do Serviço Nacional de Saúde, incluindo hospitais, centros de saúde, institutos públicos e entidades privadas com contratos com o SNS. O sindicato exige medidas urgentes de reconhecimento e valorização dos profissionais de saúde, incluindo a reposição da progressão remuneratória, o reconhecimento das carreiras de técnico auxiliar de saúde e enfermagem como profissões de desgaste rápido, a contratação de pessoal efetivo para acabar com o uso abusivo de turnos suplementares e jornadas de 16 horas consecutivas, bem como a criação de um cartão de refeição no valor de 12 euros por dia.
Esta greve terá impacto direto no funcionamento dos hospitais e centros de saúde, com consultas e exames adiados ou cancelados, redução de cirurgias programadas, exceto urgências, e atendimento limitado nos serviços de urgência, priorizando apenas casos graves. O sindicato alerta ainda para atrasos na gestão administrativa dos hospitais e centros de saúde e possíveis impactos na vacinação, saúde materna e cuidados domiciliários, mesmo que nos serviços que funcionam ininterruptamente sejam garantidos os serviços mínimos.
As duas greves conjuntas criam um cenário de grande disrupção no setor público, afetando famílias, alunos, utentes do SNS e a população em geral. Aconselha-se a população a entrar em contacto com as escolas para confirmar a abertura e planeamento das atividades letivas e a reagendar consultas ou exames não urgentes. É igualmente recomendado que os cidadãos se preparem para atrasos e redução de serviços nos hospitais e unidades de saúde, bem como para a necessidade de antecipar cuidados com alimentação e transporte escolar devido ao encerramento parcial de serviços de refeitório e apoio às crianças. É importante também acompanhar comunicados oficiais de sindicatos, autarquias e escolas ao longo do dia para informações atualizadas sobre a paralisação e os serviços afetados.