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Concentração de urgências é “inevitável”, mas sem “mobilização à força” de médicos

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O presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, considera “inevitável” concentrar as urgências de obstetrícia na Península de Setúbal num único hospital, mas duvida da eficácia se for feito contra a vontade dos médicos.

O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o regime jurídico que cria as urgências regionais. A primeira pode arrancar na margem sul do Tejo no início de 2026.

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Em declarações à Renascença, Xavier Barreto diz que a concentração das urgências no Hospital de Almada é a melhor solução, tendo em conta o problema da falta de médicos.

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“Nós não temos recursos humanos para garantir todas as urgências da margem sul e, portanto, concentrar é melhor do que termos dias, como infelizmente tivemos este ano, em que estavam todas encerradas. Penso que a concentração é inevitável e pode ser melhor para as pessoas, do que vivermos na incerteza dos últimos meses.”

Governo aprova urgências regionais e regras para médicos tarefeiros

No entanto, o presidente da Associação de Administradores Hospitalares alerta que, sem um acordo com os profissionais, o modelo pode estar condenado à partida.

“A urgência regional é inevitável, mas eu esperaria que pudéssemos mobilizar profissionais através de um documento ou procedimento consensualização com os sindicatos, e que não houvesse qualquer imposição ou mobilização à força. Isso prejudica, à partida, a exequibilidade do projeto e a sustentabilidade futura do projeto”, adverte Xavier Viegas.

No final do Conselho de Ministros desta sexta-feira, a ministra da Saúde disse que esta era a única solução possível, tendo em conta a falta de especialistas nos hospitais de Setúbal, Almada e Barreiro.

Ana Paula Martins não prevê incentivos para os médicos, algo contra o qual já se manifestaram tanto o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) como a Federação Nacional dos Médicos (Fnam).

Este regime, criado através de um decreto-lei, é para ser aplicado, “apenas e exclusivamente”, nas situações em que não está assegurada a continuidade da urgência por falta de recursos humanos, adiantou a ministra.

A primeira urgência regional a entrar em funcionamento será na Península de Setúbal, na área de obstetrícia e ginecologia, com o Governo a prever que possa arrancar no início do ano.

Ana Paula Martins salientou que os três hospitais dessa região – de Setúbal, do Barreiro e de Almada – vão manter toda a atividade programada das maternidades e bloco de partos.

No entanto, a urgência externa será centralizada no Hospital Garcia de Orta, referiu a ministra, salientando que essa centralização na Península de Setúbal teve por base um estudo técnico que indicou que o Hospital de Setúbal, que não terá urgências abertas para o exterior, fique a receber emergências referenciadas pelo INEM.


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