
Ana Jorge critica falta de “fio condutor” no setor da Saúde

Ana Jorge, antiga ministra da Saúde socialista, não percebe que política nacional está a ser levada a cabo no Ministério de Ana Paula Martins.
Numa cerimónia de comemoração dos 50 anos do Serviço Nacional de Saúde, Ana Jorge lamenta as políticas atuais no setor: “Neste momento, tem acontecido muito, está tudo muito focado nos problemas agudos, nas Urgências, no INEM, e não propriamente no ter um fio condutor naquilo que é as orientações para a Saúde global.”
A antiga ministra do PS não quis comentar o pedido de demissão feito por José Luís Carneiro a Ana Paula Martins, mas deixou novas farpas: “Temos falta de recursos humanos, mas o que está a ser feito para colmatar essa falta? O que está a ser feito de fundo para captarmos profissionais para o Serviço Nacional de Saúde?”
Questionada sobre as notícias que dão conta de possíveis cortes nos hospitais para reduzir despesas, a antiga ministra socialista é clara no que pensa: “Pode haver necessidade de reduzir a despesa com Saúde, mas quando se reduz as despesas com Saúde não pode ser “corta 10% em tudo”, tem de se perceber onde é que é possível ter mais eficiência sem tocar naquilo que é o cuidado aos doentes e isso é possível ser feito”.
Declarações de Ana Jorge à margem da Conferência “50 anos do Serviço Médico na Periferia”. Um evento no ISCTE, em Lisboa, onde, ao contrário do previsto, não esteve a ministra da Saúde Ana Paula Martins. Marcelo Rebelo de Sousa falará no encerramento desta conferência. É expectável que o Presidente da República faça um balanço do estado da Saúde em Portugal, avaliando a titular da pasta no Governo de Luís Montenegro.
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